Jornal Estado de Minas

Missão Israelense faz buscas em refeitório da Vale em Brumadinho


A missão israelense já trabalha na procura de vítimas do rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Logo depois de chegarem a cidade, por volta das 13h, aproximadamente 120 militares foram deslocados até um dos pontos considerados mais críticos. Eles trabalham na procura de soterrados no refeitório que ficava dentro da área administrativa da Vale.



Devido a proximidade com a barragem que se rompeu, a hipótese do Corpo de Bombeiros é que a estrutura tenha sido deslocada com a força da lama de rejeitos que desceu do reservatório. A profundidade de lama no local, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, é de aproximadamente oito metros.

A tecnologia vai ajudar nas ações dos militares israelenses. Eles vieram com 12 tipos de equipamentos para colaborar com as buscas. Um deles é um sonar.
O item capta sinais telefônicos a até cinco metros de profundidade e se torna mais uma opção para capacitar os trabalhos de busca e salvamento em meio à lama de rejeitos. "A gente faz uso de uma série de recursos tecnológicos. Atualmente, a gente faz uso de sobrevoos com drones, câmeras termais, georreferenciamento, últimas localizações disponíveis e outros equipamentos. Este é mais um recurso para somar", explicou o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros, sobre o novo aparato.

Os militares vão utilizar, também, um sonar para detecção de material humano. “Eles (os israelenses) já solicitaram amostras para saber o tipo de composição da lama, para ver se conseguem detectar, pela sensibilidade dos sonares, a diferença do que é rejeito e do que é material do corpo humano”, completou o tenente Pedro Aihara.

O comandante da Unidade de Resgate Nacional de Israel, Golan Vach, disse que os trabalhos das equipes começaram cedo. "Logo de manhã, nós checamos a área com helicópteros para ter uma imagem completa do local.
Antes de tudo, nossa impressão é de um grande trabalho do Corpo de Bombeiros. É uma missão muito difícil, em um lugar muito perigoso", contou o militar. .