Jornal Estado de Minas

Arquidiocese de BH faz campanha de solidariedade às vítimas da barragem em Brumadinho

Começam as campanhas de solidariedade para socorrer as vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Arquidiocese de Belo Horizonte anunciou que já está arrecadando roupas, alimentos e água destinados aos atingidos. A tragédia ocorreu no início da manhã desta sexta-feira e ainda não se sabe o número exato de vítimas. 

Segundo a Arquidiocese, as doações podem ser entregues no Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política, localizado na Rua Além Paraíba, número 208, no Bairro Lagoinha, Região Nordeste da capital mineira. Para mais informações, é necessário ligar para (31) 3423-2187.


Palavras do arcebispo


Após o rompimento da barragem, o arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo disse que Minas Gerais está em luto. Em nota divulgada, a arquidiocese citou o termo bíblico “abominação da desolação” para classificar a tragédia. Segundo a cúria, trata-se de um absurdo nascido das ganâncias e descasos com o outro, com a verdade e com o bem de todos.

“A Arquidiocese de Belo Horizonte une-se a cada um dos atingidos, compartilhando suas dores. Nossas comunidades de fé, especialmente às que servem ao Vale do Paraopeba, estejam juntas, para levar amparo, ajuda, a todos que sofrem diante de tão lamentável tragédia”. 

A instituição religiosa ainda defendeu o cuidado com a sustentabilidade e o meio ambiente.
“ É preciso repensar modelos de desenvolvimento que desconsideram o respeito à natureza, os parâmetros de sustentabilidade”.

Tratando como “uma triste coincidência”, dom Walmor Oliveira de Azevedo citou que, nesta sexta-feira, entrou em pauta, no Conselho da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a autorização para a retomada da mineração na Serra da Piedade. “Uma tragédia se efetiva e outra se anuncia”, acrescentou.

“Rezemos pelas vítimas desta tragédia, unidos ao coração de cada pessoa e de todas as famílias que sofrem, renovemos, mais uma vez, o nosso compromisso com a solidariedade. A justiça seja feita, com lucidez e sem mediocridades que geram passivos, com sentido humanístico e priorizando o bem comum, com incondicional respeito e compromisso com os mais pobres. Minas Gerais está de luto”, concluiu.

* Estagiário sob supervisão do subedtiora Jociane Morais 
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