Jornal Estado de Minas

Tarifa Zero protesta contra reajuste da passagem na Praça Sete

 

Palco frequente de manifestações em Belo Horizonte, a Praça Sete de Setembro recebe um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus na noite desta quinta-feira. Segundo o Tarifa Zero, organizador do encontro, cerca de 400 pessoas, entre membros do coletivo e transeuntes, compõem a mobilização. Três faixas da Avenida Afonso Pena estavam fechadas até a publicação desta matéria.


“A gente está avaliando positivamente o encontro, pois estamos na rua protestando contra o aumento abusivo e mostrando a insatisfação da população” disse Letícia Domingues, de 25 anos, integrante do movimento há quatro anos. Segundo ela, o Tarifa Zero tem tentado se reunir com o Executivo municipal, mas não obtém resposta. “A gente tem pedido uma reunião com a prefeitura, mas ela se recusou a conversar com a gente. Chamamos o Kalil para comparecer ao nosso aulão, mas ele não aceitou”, lamentou.

 

Catraca foi queimada em protesto ao aumento da passagem - Foto: Divulgação/Tarifa Zero 


O Tarifa Zero defende que a passagem da capital deveria custar R$ 3,45 – R$ 1,05 mais barata que a atual cobrança de R$ 4,50. Para se chegar a tal valor, o grupo considerou uma planilha criada pelo Grupo de Estudos de Integração da Política de Transportes (Geipot) na década de 1980 e usada pela prefeitura até 2007 para definir o valor da tarifa.


Segundo a entidade, a planilha do Geipot considera a relação entre receita e custo das empresas de transporte. A partir dela, o grupo disse aos presentes que dedicou 500 horas de trabalho para alcançar o valor de R$ 3,45, com apoio de seis economistas, dois advogados, três programadores, um engenheiro e um administrador.

O ex-presidente da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), João Luiz da Silva Dias, também participou das iniciativas.


Atualmente, a tarifa é reajustada de acordo com o índice inflacionário, portanto tende a aumentar todos os anos. De acordo com o Tarifa Zero, tal modelo incentiva a “precarização do serviço”, já que quanto mais as empresas cortarem gastos, maior será o lucro.

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