A Prefeitura de Contagem entrou em acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) quanto ao reajuste do preço da passagem das linhas de ônibus municipais. De acordo com a administração, a partir de 0h01 desta quarta-feira, o valor cobrado para os passageiros será de R$ 4,50. Quem utiliza o Cartão Ótimo passará a pagar R$ 4,35. Por outro lado, as empresas se comprometeram a melhorar o serviço de transporte na cidade.
O reajuste atende a solicitação das empresas, que, no dia 4 de janeiro, se reuniram com a prefeitura. Na ocasião, o prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), disse que “enquanto as empresas não se comprometerem a melhorar significativamente a prestação dos serviços em Contagem, não aceitaremos nem um centavo de aumento”.
Na reunião desta segunda-feira, além do aumento de 11% em relação à tarifa atual (R$ 4,05), ficou acordado que, ainda este ano, 50% da frota dos ônibus deverá ser renovada. A troca da outra metade ocorrerá em 2020.
Além disso, as empresas de ônibus deverão instalar GPS e Wi-Fi gratuito em todos os ônibus. A previsão é de que em até 60 dias seja criado um aplicativo que permita ao passageiro verificar o horário e o itinerário das linhas, além de denunciar falhas na prestação de serviço. Também está prevista a criação de um site com informações aos usuários.
A prefeitura também informou que, a partir do segundo semestre, o pagamento da passagem poderá ser feito pelo cartão de crédito. Quem optar por esse tipo de pagamento também pagará tarifa de R$ 4,35.
Em relação à exclusividade do preço menor aos passageiros que utilizam o serviço Cartão Ótimo, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon) ressalta que 73% dos 100 mil usuários diários do sistema utilizam o Cartão Ótimo. Além disso, segundo a prefeitura, a Transcon exigiu das empresas de ônibus a criação de postos itinerantes para facilitar a confecção do Cartão Ótimo, que é oferecido gratuitamente.
Cobradores
De acordo com a Prefeitura de Contagem, o possível retorno dos cobradores às linhas municipais também foi debatido com as empresas nesta segunda-feira. No entanto, a administração informou que “o fato de o novo modelo de transporte estar em licitação e a previsão da mudança de todo o sistema de bilhetagem em seis meses” impedem que a função seja restabelecida.
Além disso, ainda segundo a prefeitura, a volta dos cobradores poderia ocasionar uma redução no salário dos motoristas ou um novo reajuste da tarifa, uma vez que, com a extinção da função, os condutores tiverem um adicional ao salário.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa