Jornal Estado de Minas

Em tradicional ceia no Restaurante Popular, Papai Noel distribui presentes

No cardápio do dia especial, foram servidos arroz, feijão, lombo ao molho de laranja, farofa especial, maionese, frutas e suco - Foto: Edesio Ferrreira/EM/DA Press
Alegria, presentes e uma ceia de dar água na boca estão fazendo o Natal de pelo menos 4 mil pessoas no Restaurante Popular de Belo Horizonte. As portas para o tradicional almoço natalino na unidade da Avenida do Contorno, no Hipercentro, foram abertas por vota das 11h, com fila a perder de vista. No cardápio, arroz, feijão, lombo ao molho de laranja, farofa especial, maionese, frutas e suco, num total de 2,5 toneladas de alimentos.

Para fazer a festa, o restaurante conta com 130 voluntários entre funcionários da Prefeitura de BH (PBH) e pessoas da sociedade em geral. A movimentação começou ainda do lado de fora, com a equipe dos Doutores da Alegria fazendo a farra com quem aguardava na fila. Distribuíram pirulitos, abraços, música e sorrisos. Dentro, Papai Noel aguardava também ansioso a entrada das crianças. O educador Mário de Assis, que veste a roupa do personagem, está em 22º ano na ação. “Escrevemos crise numa bola, alguém veio, escreveu a palavra amor, chutou a bola da crise para dar lugar àquela do amor, da misericórdia e do carinho”, disse.



O diretor dos restaurantes populares, Wellemy Nogueira, conta que foram arrecadados cerca de três mil presentes para a criançada, que saiu de mãos lotadas.
“Até semana passada, tínhamos quantidade para encher apenas uma mesa. Mas, esta semana, bombou e conseguimos tudo isso”, conta. Para ele, o clima de Natal é o grande charme da festa. “É uma energia gostosa e leve, diferente dos outros dias. Esse clima aflora hoje e percebemos um carinho das pessoas que não se manifesta no dia a dia.”

A desempregada Michele Cristina de Souza, de 34 anos, foi com o marido e a filha Emanuele, de 1 ano. Moradora do Bairro São Gabriel, na Região Nordeste de BH, ela costuma frequentar o Restaurante Popular e, no Natal, não perde o almoço. “Deixo para cear aqui e o presente da minha filha também é o que ela ganha aqui”, disse, com a boneca em mãos.
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