De mãe para filho, uma tradição que passa pelo lazer, convívio e encontro com a natureza urbana. Quando era criança, a engenheira Marina Castro tinha o hábito de brincar na Praça Carlos Chagas, mais conhecida como Praça da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Hoje, moradora do Santo Antônio, na mesma região da capital, ela mantém o costume e sempre que visita a mãe, moradora das imediações, leva o filho Dante, de 5 meses, para passear sob as árvores e ir se acostumando com o espaço público. “Gosto muito daqui, vinha todos os dias e agora venho com o Dante. Acho um lugar gostoso e seguro. Engraçado que ninguém a conhece como Carlos Chagas, chama só de Praça da Assembleia”, afirma Marina.
Na noite de ontem, a praça inaugurada na década de 1970, se aproximou ainda mais da sede da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que fica bem ao lado. Com a presença de autoridades, foi assinado entre a Casa e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) o Termo de Cooperação para Manutenção, que assegura a preservação de um dos recantos verdes da cidade. A solenidade da assinatura teve início às 18h30 teve, na abertura, a Cantata de Natal, atividade que já se firmou no calendário belo-horizontino, e a presença do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (MDB).
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Assembleia assume manutenção da Praça Carlos ChagasNa Praça da Assembleia, quem busca lazer convive com sujeira e falta de manutençãoBelo Horizonte recebe final do concurso Miss Prisional 2018Incêndio destrói altar de igreja em UberabaMonitor é preso por estuprar aluno de 9 anos em escola de BHJARDINS Localizada em frente do Palácio da Inconfidência, a Praça Carlos Chagas representa uma extensão natural do Hall das Bandeiras, onde sempre é montada a estrutura da Cantata de Natal. Ela existe desde a década de 1970, quando o paisagista Burle Marx (1909-1994) foi convidado para elaborar o projeto dessa área de lazer que, à época, era um descampado com uma igreja no meio – a paróquia Nossa Senhora de Fátima até hoje faz parte do espaço. Perto dali, sentada num banco em companhia do pai Mário Martins da Silva, moradora de Três Pontas, no Sul de Minas, a aposentada Maria Isabel Silva, afirmou que se trata da praça mais bonita da capital.
“Acho muito oportuna a adoção de um espaço público como esse. Se todo mundo adotasse uma praça, saberíamos exatamente de quem cobrar. A prefeitura não tem como fazer manutenção de todas”, afirmou Maria Isabel.
PARCERIA Não é a primeira vez que a PBH e a ALMG fazem parceria para garantir o funcionamento da área de lazer e manifestações culturais, de exercício de cultos religiosos e de encontros. Entre 2014 e 2015, os dois órgãos investiram na total requalificação do local (cujo o recurso é do Legislativo Estadual e com execução da Sudecap/PBH), que garantiu nova iluminação de LED (mais eficiente e econômica), além de bebedouros, bicicletário e mesas de xadrez. O coreto também foi totalmente reformado, mantendo-se as características originais em função do tombamento da estrutura pelo patrimônio histórico. Além disso, foram instalados playgrounds com pisos emborrachados para segurança das crianças e equipamentos de acessibilidade..