Um crime bárbaro que começou a ser planejado dois meses antes, quando um dos envolvidos esteve na casa da vítima, “ajudando” na montagem de um guarda-roupas. De acordo com Polícia Militar, esse foi o roteiro do crime que teve como vítima o aposentado Hélio Leandro da Silva, de 64 anos, morto a pauladas na madrugada de ontem, em um condomínio rural, de Montes Claros, no Norte de Minas, próximo ao distrito de Nova Esperança. Pai de dois militares, o homem foi amarrado, pelos criminosos, assim como a mulher dele, que sobreviveu. Depois da mobilização de 70 policiais e de 30 viaturas, três suspeitos do assassinato foram presos. Dois deles foram apresentados pela Polícia Militar no início da noite de ontem. Outros dois continuavam sendo procurados.
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Ainda conforme o relato da sobrevivente, os três homens agrediram o aposentado com pedaços de madeira.
Os criminosos levaram duas caminhonetes S-10, além de três televisores e objetos pessoais do casal. Um dos veículos roubados foi localizado em um matagal poucas horas depois do crime, perto da Vila Castelo Branco, na saída de Montes Claros para Januária.
Os três suspeitos foram detidos ontem à tarde, na região do Renascença, em Montes Claros. Os dois carros e os demais bens roubados foram recuperados. No início da noite, um adolescente de 17 anos e um homem de 34 foram apresentados na sede regional da Polícia Militar.
O coronel Evandro Borges disse que os três suspeitos presos confessaram o latrocínio. Conforme o oficial, o serviço de inteligência concluiu que, pelas características do crime, pelo menos um dos envolvidos teria de ter informações prévias sobre a rotina das vítimas. Assim, chegou a um dos suspeitos, que confessou ter visitado o condomínio Vale dos Ipês dois meses antes, para “ajudar” o pai dele (um marceneiro) a montar um guarda-roupas na casa do aposentado Hélio Silva. Desde então, começou a planejar o assalto, que foi colocada em prática na madrugada desta terça.
Ainda na entrevista coletiva, o coronel Evandro Borges atribuiu a resposta rápida da PM, com a identificação e prisão dos suspeitos, à “abnegação e dedicação dos policiais”. O corpo do aposentado Hélio Silva foi enterrado no final da tarde desta terça-feira, no Cemitério do Bonfim, em Montes Claros, sob forte comoção.