Pedaladas da saúde e coração cheio de solidariedade para ajudar a quem precisa do bem mais precioso: o sangue da vida. Com esse espírito e muito entusiasmo, cerca de 500 ciclistas participaram, na manhã deste domingo, de um passeio de 12 quilômetros pelas ruas de Belo Horizonte, partindo da Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi), na esquina das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo, na Região Centro-Sul da capital, e retornado ao ponto da largada. Liderada pelas organizadoras voluntárias Paula Coelho e Leonor Campos, a turma formada por homens e mulheres de todas as idades, alguns em família, quer circular com tranquilidade sobre duas rodas e estimular as doações frequentes, por meio da campanha “Pratique doar sangue”.
Eram 9h15, com a chuva dando uma trégua, quando os ciclistas começaram a apitar e dar início ao longo trajeto, com paradas de meia hora nas praças Raul Soares e Rui Barbosa (Estação), e passando pela Praça da Liberdade, Avenida Bias Fortes, Viaduto Santa Tereza e avenidas dos Andradas, Contorno, Brasil e Rua Rio Grande do Norte, entre outras. A iniciativa teve apoio da prefeitura, via Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, e da BHTrans, que manteve agentes nas ruas e garantiu interdição dos trechos à medida que o grupo passava. Por volta das 10h, a chuva “apertou” mas os ciclistas seguiram firmes e fortes.
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SEM BUROCRACIA Os ciclistas começaram a se concentrar cedo para o passeio, na Savassi, e alguns temiam a continuidade da chuva, que acabou saindo de cena. Acostumada a pedalar no meio urbano e também em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, onde tem família, a farmacêutica Élida Leite Araújo, moradora do Bairro Nova Suíça, na Região Oeste, foi acompanhada do filho Pedro, de 10 anos. “Sou doadora e acho importante estimular a prática, conscientizando as crianças para que, no futuro, façam o mesmo. Por isso estou aqui com ele”, ressaltou Élida.
Já o casal de noivos Luiz Henrique de Souza, representante comercial, e Aline Oneda da Silva, comerciante, morador do Bairro Sagrada Família, na Região Leste, quer menos burocracia na hora de doar sangue. “Já fui duas vezes e não pude”, disse Luiz Henrique.
A mobilização sobre duas rodas, que tinha à frente o mascote vermelho, simbolizando a gotinha de sangue, conta ainda o apoio do aplicativo #partiudoarsangue, criado pelo professor de tecnologia da informação Orlando Silva Júnior. Ele explicou que, por meio da plataforma digital, os interessados podem saber quem precisa de sangue e também ser avisados em caso de necessidade. “Funciona mesmo como uma corrente”, resumiu Orlando..