Na tentativa de flagrar abusos praticados por donos de postos de gasolina, policiais civis foram às ruas de Belo Horizonte na manhã desta terça-feira para conferir os preços dos combustíveis. A corporação recebeu denúncias de que a onda de boatos sobre nova paralisação de caminhoneiros estaria motivando aumentos injustificados.
Segundo o delegado Felipe Nogueira Martins de Carvalho, que chefia a divisão responsável pelas delegacias de crimes cibernéticos e também de crimes contra o consumidor, se forem verificados aumentos sem justificativa que cheguem à casa dos 20% cabe responsabilização pelo crime contra a economia popular. A lei prevê detenção de seis meses a dois anos, mas como é um crime de menor potencial ofensivo ele é punido normalmente com penas alternativas, sem a previsão de prisão. “Nosso objetivo é verificar se os postos estão aumentando o preço de forma abusiva”, afirma.
O policial também explica que já existem investigações em andamento para descobrir a autoria de boatos que circulam em grupos de WhatsApp e redes sociais sobre a paralisação de caminhoneiros falsa. Essa situação motivou uma corrida aos postos de gasolina da Grande BH no último domingo. “A Polícia Civil vem fazendo monitoramento via serviço de inteligência no sentido de identificar notícia falsa que esteja sugerindo esse tipo de aumento.