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Estado de Minas

Cidades mineiras farão novo dia D contra sarampo por causa da baixa adesão à campanha

Municípios que ainda não alcançaram a meta de cobertura vacinal (de 95%) devem fazer um novo dia D no próximo sábado, segundo recomendação do Ministério da Saúde


postado em 29/08/2018 12:26 / atualizado em 29/08/2018 16:59

(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press.)
(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press.)

A campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a poliomelite termina oficialmente na sexta-feira, mas por causa da baixa cobertura vacinal em Minas Gerais, municípios que ainda não alcançaram a meta de cobertura vacinal (de 95%) farão um novo dia D no próximo sábado. A orientação foi feita pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a ação ocorrerá nas Unidades Básicas de Saúde. Em Belo Horizonte, os postos do Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber os moradores.

A vacinação é importante para evitar os casos da doença. Como o Estado de Minas  mostrou na edição desta quarta-feira, Belo Horizonte investiga 14 casos suspeitos de sarampo. Na Grande BH ainda há ao menos duas notificações em Nova Lima. A situação é mais preocupante quando se considera que a capital tem apenas 53,1% de cobertura vacinal entre crianças de 1 ano a menos de 5 anos, foco do esforço de imunização, que contempla também a prevenção contra a poliomielite, cuja cobertura não é muito diferente: de 53,4%. A meta, nos dois casos, é de 95% de vacinação. As doses continuam à disposição da população, gratuitamente, nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), mas poucas pessoas têm procurado os postos para a campanha.

A recomendação do novo Dia D foi dada. Mas, a estratégia será avaliada por cada município, que podem seguir ou não. A cidade de Caeté, na Região Metropolitana de BH, já acatou a sugestão. A cobertura vacinal está em 63%. Após a campanha, a vacina contra sarampo continuará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Como não há registro de falta de doses, poderão se vacinar gratuitamente: indivíduos até 29 anos (duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias) e indivíduos entre 30 e 49 anos (uma dose). Vale lembrar que, na ausência de registro o cartão de vacina, é recomendada a vacinação.

Baixa adesão


A Secretaria de Estado da Saúde informou que as razões para a baixa procura pela vacinação pode ser atribuído a vários fatores. Segundo a pasta, o sucesso do programa nacional de imunização, com redução de casos de doenças evitadas pela vacinação, é um deles. “A redução de casos acabou provocando um efeito inverso do desejado, criando uma falsa sensação de que as vacinas não são mais necessárias”, informou, em nota. Outro motivo apontado pela Saúde estadual é a ação de grupos que divulgam informações falsas sobre a vacinação. Segundo a pasta, “todas as vacinas são incluídas no calendário nacional após análise sobre a importância da doença e estudos que comprovem que o produto trará benefício e não risco para a população”.

A secretaria acrescentou que tem adotado ações para contornar esses obstáculos e incentivar a vacinação. Entre elas, citou o repasse de incentivo de R$ 5,8 milhões para incrementar a campanha nacional de imunização nos municípios, de acordo com portaria editada no fim de junho. Listou também incentivo de R$ 60 milhões, para melhor estruturação de 3.142 salas de vacina que já funcionam em unidades de saúde.

Números assustam


Último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostra que no estado 42 registros ainda estão sendo apurados. Minas Gerais ainda não confirmou casos da doença, mas já são 169 registros suspeitos, sendo que 127 foram descartados por exames laboratoriais, e outros 42 ainda estão sendo investigados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em Belo Horizonte, foram 18 diagnósticos notificados. Desses, quatro foram descartados. O material genético dos demais 14 pacientes com quadros compatíveis com a doença ainda está sendo analisado.

Em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma das notificações é de uma criança de 7 meses, moradora do Bairro Chácara Bom Retiro. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura local, o bebê já teve alta. O outro caso suspeito é de um paciente de 5 meses, que mora no Bairro Santa Rita. Ambos os casos estão sendo analisados pela Funed.

Segundo a administração de Nova Lima, assim que os casos foram notificados, foram realizadas visitas domiciliares para identificar todas as pessoas que tiveram contato com as duas crianças, além da avaliação do histórico vacinal de cada uma. “As pessoas próximas que não eram vacinadas receberam uma dose de bloqueio contra o sarampo no ato da visita”, informou a prefeitura.

A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa para outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos."


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