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Estado de Minas

Casos de sarampo em 28 países da Copa da Rússia ligam o alerta para risco de contágio

Organização Mundial de Saúde recomenda imunização, abaixo da meta em Minas tanto em 2017 quanto este ano. Só no país sede da Copa do Mundo já foram notificados mais de 600 casos da doença


postado em 26/06/2018 06:00 / atualizado em 26/06/2018 08:26

Diferente da imunização contra a gripe, que atingiu a meta em Minas, imunização contra o sarampo está abaixo da expectativa(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS - 23/04/2018)
Diferente da imunização contra a gripe, que atingiu a meta em Minas, imunização contra o sarampo está abaixo da expectativa (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS - 23/04/2018)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que todas as pessoas que forem viajar para a Copa do Mundo 2018 estejam com todas as vacinas em dia, incluindo aquela que protege contra sarampo, rubéola e caxumba – chamada no Brasil de tríplice viral. Isso porque se estima que a Copa do Mundo, no seu decorrer, atrairá cerca de 1 milhão de pessoas de todo o mundo. Dos 32 países que participam do torneio, 28 registraram este ano casos de sarampo – doença altamente contagiosa (veja quadro) e que pode ter graves sequelas ou até levar à morte. Só na Rússia, foram notificados mais de 600 casos. A intensificação das viagens internacionais e o movimento de pessoas durante o grande evento aumentam o risco de transmissão dessa e de outras doenças. No ano passado, a meta de imunização em Minas não foi cumprida e neste ano, por enquanto, também não. Outra doença com prevenção abaixo da meta é a poliomielite.


Na última semana, a Secretaria de Saúde de São Paulo emitiu um alerta para o risco de importação de casos de sarampo, sobretudo por causa da Copa no Mundo. Já em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), explica que não foi emitido alerta exclusivo para viajantes da Copa, uma vez que dois avisos sobre a doença já haviam sido veiculados, em março e abril. O primeiro, foi emitido devido à ocorrência de epidemia em Roraima a partir de vírus trazidos por imigrantes da Venezuela. O segundo, em abril, reforçou a importância de vacinação. Até maio, 75,4% do público-alvo da vacina tinha tomado a 1ª dose, enquanto a 2ª cobria 71,9%. No ano passado, segundo o Programa Nacional de Imunizações, foram vacinadas com 1ª dose 87,81% da população e com a 2ª dose, 78,51%.


“Essa cobertura vacinal está bem abaixo do ideal, que seria em torno dos 95%. Manter o vírus controlado requer a imunização da população, bem como ações rápidas para quebrar a cadeia de transmissão em casos importados”, disse o infectologista Carlos Starling, da Sociedade Mineira de Infectologia. Para o especialista, a baixa cobertura vacinal representa um risco de que a doença volte a circular no Brasil. Ele compara a situação à febre amarela, que voltou a fazer vítimas devido a baixa imunização. “O sarampo está longe de ser erradicado. Não é nada bom ter uma cobertura tão abaixo do esperado. Novos casos da doença no país demonstram a fragilidade na saúde pública, e escancaram o quão grave é a crise no sistema público de saúde”, argumenta. Segundo o infectologista, mesmo aqueles que já foram imunizados precisam reforçar a vacina.


(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)

As vacinas contra o sarampo são a Tríplice Viral (contra essa doença, a rubéola e a caxumba) ou da Tetra viral (que previne ainda a catapora). Em Minas Gerais, os últimos casos autóctones – nove – confirmados de sarampo, ou seja, com transmissão dentro do território, ocorreram em 1999. Em 2011 e 2013, o estado identificou três casos importados, sendo um em 2011 e dois em 2013. Os pacientes, dois irmãos, contraíram sarampo em uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos.


A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados. Entre as complicações graves estão a encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.

POLIOMIELITE Outra patologia que preocupa as autoridades é a poliomielite. Após a divulgação recente de um caso suspeito de pólio em uma criança venezuelana de etnia indígena, a SES-MG acendeu um alerta e destacou a importância da vacinação e os cuidados para prevenção da doença, considerando que a Venezuela e o Brasil fazem fronteira e há uma intensa migração de pessoas entre os dois países. A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo poliovírus. Apesar de a doença não ser registrada no Brasil desde 1990, a SES salienta que enquanto houver circulação do vírus, vacinal ou selvagem, em qualquer outro país, há risco de reintrodução da pólio em nosso território.


Desde de 2016, o Programa Nacional de Imunização (PNI) adota a Vacina Inativa da Poliomielite (VIP) para as três primeiras doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. E para as duas doses de reforço, em crianças de 15 meses e 4 anos de idade, o imunizante utilizado é a Vacinal Oral da Poliomielite (VOP). Em Minas, a cobertura vacinal geral contra a doença em 2017 foi de 83% em crianças menores de um ano e 74% para o reforço em crianças maiores de um ano. Em 2018, até o mês de maio, 67% do público prioritário recebeu a 3ª dose da vacina e 54% das crianças maiores de um ano receberam a dose do reforço. A meta é alcançar 95% de cobertura para Vacina Inativada contra Poliomielite (VIP) e Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) nas faixas etárias preconizadas e também coberturas homogêneas.

 

Em seu posicionamento, a Samarco ressaltou “há um consenso em aprimorar soluções” para legitimar o processo de recuperação. Já a BHP destacou que, no decorrer de dois anos, as partes “trabalharão conjuntamente” para progredir “quanto à resolução da ação civil pública de R$ 155 bilhões”.

Minas já tem 36 mortes por gripe

 

Minas Gerais bateu a meta de vacinação contra a gripe, mas não em todo o público-alvo. Crianças e gestantes foram os grupos de risco que menos buscaram a imunização contra os vírus influenza, causadores da doença que já matou 36 pessoas no estado neste ano. Dessas, cinco morreram na capital mineira. O balanço foi divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Outros 152 pacientes desenvolveram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em decorrência da doença, mas sobreviveram. Conforme a Secretaria, dos casos associados à influenza, 147 eram de influenza A e seis de influenza B. Dos pacientes contaminados por influenza A, 60 foram pelo subtipo A/H3 sazonal; 54 não subtipados e 32 de H1N1, aponta a SES.


A campanha de vacinação em Minas Gerais terminou na sexta-feira e bateu a meta de imunização de 90% do público-alvo em geral. Mas entre as crianças a cobertura vacinal ficou em 75%, e no grupo das gestantes em 76%. As vacinas vão continuar disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado, com prioridade para a população que está inserida no público-alvo.


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), cinco pessoas morreram neste ano em Belo Horizonte em decorrência da gripe, sendo três residentes da própria cidade e dois de outro município. No total, 44 pessoas foram tiveram SRAG depois de terem sido contaminadas pela influenza A: cinco por H1N1, 28 por H3N2, 10 não subtipado. Um paciente apresentou a síndrome por influenza B. Em Belo Horizonte, a cobertura vacinal superou a meta com 94,4% do público-alvo, alcançando 770.544 pessoas. De acordo com a SMSA, as vacinas remanescentes são destinadas à segunda dose das crianças, gestantes e puérperas. As doses são disponibilizadas em todos os 152 centros de saúde da capital.

Socorro ao Sofia

O Hospital Sofia Feldman, instituição que faz uma média de mil partos por mês, localizado na Região Norte de Belo Horizonte e referência em gestação de risco, vai poder aliviar a crise financeira que se arrasta há meses. Foi assinado ontem um Plano Operativo Anual, que vai repassar R$ 6 milhões para a unidade de saúde. O recurso virá da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e transferido mensalmente. A primeira parcela, de R$ 500 mil, será quitada dentro de 30 dias. Inicialmente, os recursos serão usados para quitar os salários dos servidores da instituição, que estão atrasados, nos próximos 10 dias. Já o 13º salário ainda não está garantido.





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