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“Essa cobertura vacinal está bem abaixo do ideal, que seria em torno dos 95%. Manter o vírus controlado requer a imunização da população, bem como ações rápidas para quebrar a cadeia de transmissão em casos importados”, disse o infectologista Carlos Starling, da Sociedade Mineira de Infectologia. Para o especialista, a baixa cobertura vacinal representa um risco de que a doença volte a circular no Brasil. Ele compara a situação à febre amarela, que voltou a fazer vítimas devido a baixa imunização.
As vacinas contra o sarampo são a Tríplice Viral (contra essa doença, a rubéola e a caxumba) ou da Tetra viral (que previne ainda a catapora). Em Minas Gerais, os últimos casos autóctones – nove – confirmados de sarampo, ou seja, com transmissão dentro do território, ocorreram em 1999. Em 2011 e 2013, o estado identificou três casos importados, sendo um em 2011 e dois em 2013. Os pacientes, dois irmãos, contraíram sarampo em uma viagem à Flórida, nos Estados Unidos.
A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados.
POLIOMIELITE Outra patologia que preocupa as autoridades é a poliomielite. Após a divulgação recente de um caso suspeito de pólio em uma criança venezuelana de etnia indígena, a SES-MG acendeu um alerta e destacou a importância da vacinação e os cuidados para prevenção da doença, considerando que a Venezuela e o Brasil fazem fronteira e há uma intensa migração de pessoas entre os dois países. A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, provocada pelo poliovírus. Apesar de a doença não ser registrada no Brasil desde 1990, a SES salienta que enquanto houver circulação do vírus, vacinal ou selvagem, em qualquer outro país, há risco de reintrodução da pólio em nosso território.
Desde de 2016, o Programa Nacional de Imunização (PNI) adota a Vacina Inativa da Poliomielite (VIP) para as três primeiras doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. E para as duas doses de reforço, em crianças de 15 meses e 4 anos de idade, o imunizante utilizado é a Vacinal Oral da Poliomielite (VOP). Em Minas, a cobertura vacinal geral contra a doença em 2017 foi de 83% em crianças menores de um ano e 74% para o reforço em crianças maiores de um ano. Em 2018, até o mês de maio, 67% do público prioritário recebeu a 3ª dose da vacina e 54% das crianças maiores de um ano receberam a dose do reforço. A meta é alcançar 95% de cobertura para Vacina Inativada contra Poliomielite (VIP) e Vacina Oral contra Poliomielite (VOP) nas faixas etárias preconizadas e também coberturas homogêneas.
Em seu posicionamento, a Samarco ressaltou “há um consenso em aprimorar soluções” para legitimar o processo de recuperação.
Minas já tem 36 mortes por gripe
Minas Gerais bateu a meta de vacinação contra a gripe, mas não em todo o público-alvo. Crianças e gestantes foram os grupos de risco que menos buscaram a imunização contra os vírus influenza, causadores da doença que já matou 36 pessoas no estado neste ano. Dessas, cinco morreram na capital mineira. O balanço foi divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Outros 152 pacientes desenvolveram síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em decorrência da doença, mas sobreviveram. Conforme a Secretaria, dos casos associados à influenza, 147 eram de influenza A e seis de influenza B. Dos pacientes contaminados por influenza A, 60 foram pelo subtipo A/H3 sazonal; 54 não subtipados e 32 de H1N1, aponta a SES.
A campanha de vacinação em Minas Gerais terminou na sexta-feira e bateu a meta de imunização de 90% do público-alvo em geral. Mas entre as crianças a cobertura vacinal ficou em 75%, e no grupo das gestantes em 76%. As vacinas vão continuar disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado, com prioridade para a população que está inserida no público-alvo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), cinco pessoas morreram neste ano em Belo Horizonte em decorrência da gripe, sendo três residentes da própria cidade e dois de outro município.
Socorro ao Sofia
O Hospital Sofia Feldman, instituição que faz uma média de mil partos por mês, localizado na Região Norte de Belo Horizonte e referência em gestação de risco, vai poder aliviar a crise financeira que se arrasta há meses. Foi assinado ontem um Plano Operativo Anual, que vai repassar R$ 6 milhões para a unidade de saúde. O recurso virá da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e transferido mensalmente. A primeira parcela, de R$ 500 mil, será quitada dentro de 30 dias. Inicialmente, os recursos serão usados para quitar os salários dos servidores da instituição, que estão atrasados, nos próximos 10 dias. Já o 13º salário ainda não está garantido.