Jornal Estado de Minas

Funerária realiza velório e enterro de cadela poodle em Governador Valadares em MG

Enterro foi em sítio - Foto: Divulgação

Um velório incomum, que além da praticidade, trouxe um conforto para uma família. Assim foi o funeral da cadelinha Jully, uma poodle de 16 anos, que morreu no sábado e foi enterrada no domingo em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Os serviços póstumos foram prestados por uma funerária da cidade, que decidiu expandir os negócios com atendimento aos donos de pets, que apenas tinham como opção o descarte de corpos comuns em clínicas veterinárias.

A advogada Renata Apolinário de Castro Lima, de 27 anos, conta que, de 13 cães na cobertura em que mora com os pais, Jully era a cadelinha mais antiga e muito querida da família. “Nunca tínhamos passado por uma perda de um pet. No veterinário, quando foi confirmada a morte dela, no sábado, ficamos todos muito chateados e meu pai pediu para deixar o corpo na geladeira para nesta segunda a gente decidir o que faria. Porém, uma amiga, dona da funerária se dispôs a fazer todo o serviço e a sensação foi de alívio e conforto para a família”, explicou a advogada.

Segundo Renata, o velório então ficou marcado para o domingo. “Foi uma cerimônia de duas horas e, além de meus pais, meu irmão e minha cunhada, cerca de 30 amigos passaram por lá.
Como não tem um cemitério de pets na cidade e não temos um sítio, a Jully foi enterrada em uma chácara da dona da funerária”. A advogada, que de define apaixonada por bichos, diz que agora tem 12 cães, uma calopsita e uma Jabuti, todos convivendo numa cobertura”.

Já a psicóloga e empresária Fernanda Rodrigues da Silva, de 37, conta que em 2015 adquiriu a propriedade da marca Funerária Gonzaga, uma das mais tradicional de Valadares, conhecida pelo serviço de “despedidas personalizadas” nos velórios. “Temos focado numa filosofia de acolhimento das famílias nesses momentos de luto. A proposta dos serviços funerários de pets, que implantamos, vem atender uma demanda para aqueles que tem um convívio familiar com seus animais de estimação. São serviços póstumos distintos (humanos e pets), mas que tem o objetivo comum de oferecer conforto, para garantir uma despedida adequada”, analisou.

De acordo com Fernanda, o velório, que teve lista de presença, foi realizado numa sala anexa da funerária, que não conta com capelas. O funeral de humanos é realizado no velório municipal, na capela de Santo Antônio, em Valadares. A empresária diz que há um ano preparou o corpo de um poodle para uma família, que se encarregou do enterro.


Já no caso de Jully, que marcou a implantação do serviço, o corpo foi enterrado num sítio na saída da cidade. Porém, a funerária já planeja a aquisição de um terreno para implantar um cemitério para pets. A prefeitura municipal também tem planos de instalar um cemitério para animais. O serviço póstumo completo para cães tem custo diversificado, mas Fernanda Silva sugere um preço médio de R$ 1.240,00. Com coroa de flores, pode passar dos R$ 1.500,00. 
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