Jornal Estado de Minas

Flanelinha atira contra policial militar no Lourdes


Um flanelinha foi preso após atirar em um soldado da Polícia Militar na manhã desta terça-feira no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O homem já havia sido preso na semana passada. 

A ocorrência começou por volta das 10h30 na Rua Antônio de Albuquerque, próximo ao cruzamento com a Rua Espírito Santo. A PM foi chamada por testemunhas que viram o homem jogar pedras em carros parados na rua.

A suspeita, segundo o major Orleans Antônio Dutra, é de que ele tentava arrombar os veículos. “Dois militares chegaram ao local, um foi verificar a situação do veículo enquanto o outro foi conversar com o suspeito. Nesse momento, ele pulou para cima do militar e os dois saíram em luta corporal. Ele botou a mão no coldre do militar, sacou a arma e desferiu um disparo na perna do militar. Aí o outro saiu correndo e tomou a arma dele”, explicou o policial. 

O soldado foi atingido na perna direita e, no início da tarde, passava por cirurgia no Hospital João XXIII.
Ainda segundo o major Orleans, o flanelinha já tinha sido detido em outra ocasião. “Tem histórico. Ele foi preso na semana passada aqui por exercício ilegal da profissão. É o que nos incomoda hoje: a pessoa é presa, não fica presa, volta para a rua e comete os delitos. Isso tem prejudicado muito a sociedade e nos atrapalha demais”, lamentou o militar.

Manuel Gomes dos Santos, de 43 anos, estava passando na rua quando o crime aconteceu. "Eu trabalho na Avenida Antônio de Albuquerque. Por volta das 10h, ouvi um homem gritando que queria dinheiro e que quebraria todos os carros.
Quando vi aquela loucura, decidi tirar o meu carro que estava estacionado na rua e guardá-lo na garagem do prédio onde trabalho".

Assim que Manuel entrou no prédio, ele chamou a polícia. "A PM chegou em menos de 5 minutos. Foi muito rápido", disse. Foi então que, de repente, ele ouviu um tiro: "A rua estava cheia. Todo mundo correu. Foi uma loucura", relatou. 

O flanelinha foi levado para uma unidade da Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).

A Secretaria Municipal de Política Urbana (SMPU) afirmou que não reconhece a atividade. Segundo o órgão, o programa de lavadores de carros não inclui flanelinhas e atende a cerca de 1,2 mil trabalhadores no momento.

 



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