Jornal Estado de Minas

Burocracia mantém 38 ambulâncias paradas em Minas Gerais

Criado para socorrer pacientes rapidamente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) não é administrado pelo poder público com a mesma agilidade. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), o estado conta com 38 ambulâncias paradas no momento. 

Elas estão distribuídas em dois locais da Região Metropolitana do estado. No Bairro Calafate, em Belo Horizonte, 19 unidades estão abandonadas desde 2 de março, quando foram entregues pelo Ministério da Saúde. Segundo a SES/MG, o governo estadual aguarda o processo de Cessão de Uso. 

Na versão do órgão, o documento envolve “vários setores do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e dos consórcios que gerenciam os SAMU 192 Regional”. Os consórcios CISRUN (SAMU 192 Norte), CISNORJE (SAMU 192 Nordeste Jequitinhonha) e CISRU (SAMU 192 Centro Sul), juntos, cobrem 222 municípios mineiros. 

Outros 19 veículos estão largados em São José da Lapa, também na Região Metropolitana do estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os veículos foram cedidos ao Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS). O grupo é responsável pela implantação do SAMU 192 regional Centro, mas, até hoje, não deu utilidade aos carros. 

De acordo com a SES/MG, a pasta tem “empenhado todos os esforços para honrar os compromissos pactuados”.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que investiu, em janeiro, R$ 3,4 milhões em 19 ambulâncias destinadas a Minas Gerais. Os carros serviriam à renovação da frota do SAMU no estado.
A pasta também afirmou que “todos os processos referentes à doação, no que compete ao Governo Federal, estão concluídos”. 

Dessa maneira, na versão do ministério, a distribuição dos veículos para os municípios ou consórcios pertence ao estado. O governo de Minas também se responsabiliza por dar manutenção, executar e fiscalizar o serviço, segundo o Ministério da Saúde.

Atualmente, 249 ambulâncias cobrem 486 municípios mineiros, segundo levantamento do governo federal. Elas levam atendimento a 13,8 milhões de pessoas (65,7% da população). 

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