Jornal Estado de Minas

BHTrans intensifica vistorias das manutenções nos ônibus da capital

Nas vistorias são checados itens de segurança - Foto: BHTrans/Divulgação
A BHTrans, empresa que gerencia o trânsito e transporte coletivo na capital mineira, tem intensificado as vistorias dos serviços de manutenções dos ônibus da frota que atende os belo-horizontinos. A inciativa surge quase três meses depois que um veículo que fazia uma linha na Região do Barreiro perdeu os freios e caiu num córrego, matando cinco pessoas e deixando 14 feridas, seis em estado grave.

Nas ações de fiscalização da empresa, nas estações de integração do Move, pontos finais das linhas e garagens das empresas concessionárias, estão sendo checados todos os itens de segurança dos ônibus. Nas instalações das concessionárias, são verificadas a rotina e o planejamento de manutenção dos veículos como: acompanhamento do manual do fabricante, programação de ações preventivas, treinamento da equipe técnica, peças de reposição, estrutura da garagem, dos equipamentos e do almoxarifado.

De acordo com o gerente de auditoria de operação de transportes da BHTrans, Artur José Dias, ao constatar problemas recorrentes em uma determinada linha, por meio das gerências responsáveis pela fiscalização dos serviços de transporte, é realizado contato com o gestor de tráfego da empresa operadora para que sejam discutidos essas irregularidades e os procedimentos para as soluções. Uma nova vistoria é então realizada para verificar se o problema foi sanado.

O gerente destaca também que a participação da população é muito importante para a melhoria do transporte coletivo da capital. As denúncias sobre as condições dos ônibus podem ser feitas nos canais de atendimento da empresa: pelo portal da PBH (www.prefeitura.pbh.gov.br), na seção “Fale Conosco”; pelo telefone 156; no Atendimento ao Usuário na sede da empresa (avenida Engenheiro Carlos Goulart, 900, Buritis) e nas reuniões das Comissões Regionais de Transportes e Trânsito (CRTT), que acontecem com a presença de lideranças comunitárias e de qualquer pessoa interessada.

Na noite da última terça de Carnaval, 13 de fevereiro, o motorista de um ônibus da linha 305 (Estação Diamante/Mangueiras) perdeu o controle do veículo na ladeira Rua José Luiz Raso, na Região do Barreiro, e caiu num córrego. Além do condutor do coletivo Márcio João de Carvalho, de 60 anos, morreram quatro passageiros. Cinco dias depois do grave acidente, o motorista de um ônibus da linha 311 (Estação Diamante/Independência), da mesma empresa, parou o veículo e pediu que os passageiros descessem, devido a problemas mecânicos.
Em vídeo, usuários disseram que era problema de freios, mas a BHTrans não confirmou, dizendo apenas que houve uma questão técnica que interrompeu a viagem.

Menos de duas semanas da ocorrência com mortes, na Região Nordeste, no Bairro Nazaré, um coletivo da linha 808 (Estação São Gabriel/Paulo VI) teve o eixo traseiro arrancado numa forte descida, na noite de 26 de fevereiro. O ônibus estava cheio e houve pânico entre os passageiros, que temeram que ele tombaria.

Alguns usuários tiveram escoriações na pressa de saírem do veículo. Na madrugada do mesmo dia, um micro-ônibus da linha 55 (Santa Amélia/Planalto) invadiu uma casa no Jardim Leblon, em Venda Nova, depois de ficar sem freios. Não havia passageiros, somente o condutor, que teve lesões leves. Situação semelhante já havia sido registrada com um micro-ônibus da linha 103, em dezembro de 2017. O condutor, ao perceber a falta de freios, do veículo que faz atendimento à Vila Cafezal, o deixou voltar contra a calçada da Rua Pouso Alto, no Novo São Lucas, Leste de BH.
No impacto o coletivo tombou e usuários tiveram escoriações leves.
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