Jornal Estado de Minas

Escolas de BH ficam sem aula por greve dos professores particulares


A greve dos professores das escolas particulares de Belo Horizonte e região metropolitana segue paralisando as atividades nas instituições de ensino. Balanço divulgado pelo  Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), nesta sexta-feira, indica que ao menos oito colégios estão totalmente paralisados. Outras instituições, como as faculdades Uni-BH, Una e Fumec, funcionam parcialmente. Professores da PUC-MG decidiram aderir ao movimento. A reitoria da universidade informou que as atividades seguem dentro da normalidade. Nesta tarde, há nova rodada de negociação com os donos dos estabelecimentos de ensino, cujas propostas serão levadas para assembleia no início da semana que vem. Segunda-feira terá uma nova mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

De acordo com o Sinep, estão totalmente paralisadas nesta sexta-feira o colégio Loyola, Sagrado Coração de Maria, Casa Viva, Escola da Serra, Balão Vermelho, Padre Eustáquio, Pés no Chão e Colégio São Paulo.
O sindicato afirma que o total das instituições paradas equivale a 0,9% das escolas de Belo Horizonte.

Já o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) afirmou que ainda não realizou um levantamento sobre quais escolas estão paralisadas. Porém, ressaltou que o movimento ganhou força e a cada dia novos educadores estão cruzando os braços.

Na noite desta quinta-feira, os professores da Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), por meio da Associação dos Docentes da PUC Minas (Adpuc), decidiram aderir a paralisação. Nesta sexta-feira, a Reitoria da Puc Minas afirmou que “todas as atividades acadêmicas na Universidade prosseguem dentro da normalidade. “Importante considerar que a PUC Minas acompanha com atenção o processo de negociação, entre o sindicato patronal e o SINPRO-Minas, da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estabelece as condições de trabalho para os docentes da rede particular de ensino. Lembramos ainda que a PUC Minas tem assinado com o Sindicato dos Professores o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT ), que tem vigência até 31 de Julho de 2018”, afirmou por meio de nota.

Negociação


Nessa quinta-feira, o Sinep-MG e o Sinpro Minas se reuniram para tentar um acordo.
O Sinep recuou em pontos polêmicos e manteve na forma em que estão previstos na convenção coletiva atual direitos como bolsas de estudos, adicional por tempo de serviço, adicional extraclasse e o tempo de intervalo entre aulas. Numa das questões mais delicadas, o Sinep sustenta que não tinha a intenção de acabar com as bolsas (concedidas a filhos de professores), mas de regularizar a situação. Foi proposto reajuste seguindo o INPC (1,56%), pouco acima do que havia sido cogitado anteriormente (1%).

O Sinpro, por sua vez, disse, depois da reunião da categoria no hall da Assembleia Legislativa, no fim da tarde, que a proposta que saiu da mediação no TR não é oficial, não tendo recebido qualquer documento até então..