Jornal Estado de Minas

Vacinação contra o vírus influenza começa nesta segunda-feira


A circulação em Minas Gerais do tipo do vírus influenza que provocou a pior temporada de gripe nos Estados Unidos desde 2009 reforça a importância da vacinação. A campanha pública para imunização começa amanhã e as vacinas estarão disponíveis gratuitamente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Cada dose protege dos três principais tipos do vírus que mais circulam no estado e no país, o Influenza A H1N1 e H3N2 – que atacou milhares de pessoas nos EUA – e o Influenza B. O objetivo neste ano é imunizar 90% do público-alvo, correspondendo a pouco mais de 5 milhões de pessoas.


Minas Gerais já registrou 12 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) provocada pelo vírus influenza. A maioria foi provocada pelo vírus H3N2. Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), no último dia 9, já foram notificados 348 casos de Srag. Destes, 222 tiveram amostras coletadas e processadas. O Influenza foi responsável por 12 casos.

Outras 28 notificações se referem a outros tipos de vírus.
Em relação à influenza, 10 casos foram provocados pelo tipo A. Destes, oito eram o vírus H3N2. Também foram confirmados dois casos de contaminação por H1N1. Os moradores eram de Araguari, na Região do Triângulo Mineiro, e Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


As doses que compõem a campanha de vacinação que começa amanhã estarão disponíveis pelo SUS para crianças de seis meses e menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; gestantes; puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto); mulheres e homens com 60 anos ou mais; trabalhadores da área de saúde; povos indígenas; pessoas privadas de liberdade; portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais que comprometam a imunidade; e professores de escolas públicas ou privadas.

Estudos comprovam que a vacinação contra gripe é importante. Ela é capaz de reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, diminuir de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. As doses são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados. Dessa forma, não causam a doença.

Efeitos colaterais Algumas pessoas podem sofrer algumas “manifestações”, segundo a SES/MG, como dor no local da injeção, eritema (vermelhidão da pele) e enduração (endurecimento do músculo), que ocorrem em 15% a 20% dos pacientes.

Casos de febre, mal-estar e dor no corpo de 6 a 12 horas depois da vacinação podem ocorrer e persistir por um a dois dias. No ano passado, a cobertura vacinal em Minas foi de 91,2%, mas ainda assim, alguns grupos do público-alvo foram contemplados em percentuais abaixo desse nível. Entre crianças e gestantes, a vacinação atingiu 80% da meta.


Medidas de higiene podem também ser tomadas pelos moradores. Ao tossir e espirrar, deve-se usar a parte interna dos braços para tampar o rosto. Especialistas orientam as pessoas para o uso de lenços descartáveis, além de evitarem locais com aglomeração. Outras orientações são deixar o ar circular principalmente no inverno e em dias frios; não se automedicar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e pratos; e, diante de qualquer sintoma, procurar um posto de saúde.


CHAMADA

Os primeiros a ser vacinados

» Crianças de seis meses e menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias)
» Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
» Gestantes e puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto)
» Mulheres e homens com 60 anos ou mais
» Trabalhadores da área de saúde
» Povos indígenas
» Pessoas privadas de liberdade
» Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais que comprometam a imunidade
» Professores de escolas públicas ou privadas

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

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