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Estado de Minas

Especialistas indicam medidas de higiene respiratória para evitar gripe

Começa nesta segunda-feira o cadastramento de pessoas acamadas e residentes em casas de repouso para vacinação em BH. Na rede pública, a campanha está prevista para começar dia 23


postado em 15/04/2018 06:00 / atualizado em 16/04/2018 14:10

A campanha de vacinação contra influenza será realizada até 1º de junho em Belo Horizonte a vacina estará disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS)(foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 6/1/18)
A campanha de vacinação contra influenza será realizada até 1º de junho em Belo Horizonte a vacina estará disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) (foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 6/1/18)

A proximidade do tempo frio e seco acende o alerta para a transmissão do vírus da gripe. Medidas de prevenção já começam a ser adotadas pelo governo para evitar um grande número de mortes como as que ocorreram no estado em 2016, embora a campanha de vacinação na rede pública tenha sido adiada e está prevista para começar no dia 23. Com 12 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) registrados em Minas Gerais, muitas pessoas estão procurando clínicas particulares para tentar se imunizar. Esta segunda-feira começa o cadastramento de pessoas acamadas e residentes em casas de repouso para vacinação na capital mineira. Especialistas apontam que os moradores devem tomar medidas de higiene respiratória.

Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a imunização contra a gripe em casa é exclusiva para pessoas do público-alvo da campanha que não têm condições de ir ao centro de saúde porque estão impossibilitadas de se locomover. As inscrições terminam em 12 de maio. A campanha de vacinação contra influenza será realizada até 1º de junho em Belo Horizonte e a vacina está disponível em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS).

O público-alvo da campanha são pessoas a partir dos 60 anos, crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores de saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas, professores da rede pública e particular, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

Este ano, conforme a PBH, a população da capital a ser vacinada gratuitamente é de 810.416 pessoas e a meta é atingir 90% de cobertura vacinal no público-alvo. Em Minas Gerais, a meta é vacinar mais de 5 milhões de pessoas. A vacinação é anual, devido às mudanças a cada ano das características dos vírus influenza, consequentes da diversidade antigênica e genômica. A ação envolve três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União, das secretarias estaduais de Saúde e secretarias municipais da área.

Em laboratórios particulares, o preço da vacina contra gripe pode variar de R$ 99 a R$ 139. A dose pode imunizar os moradores da capital contra a gripe A/H1N1, a A/H3N2 e a influenza B. No Laboratório São Marcos, a medicação custa R$ 139. O Laboratório Hermes Pardini cobra R$ 119 pela vacina. Já no Laboratório Geraldo Lustosa, a vacina custa R$109,50  tetravalente e R$72,50 a trivalente.


Por causa da alta demanda, as doses se esgotam rapidamente, mas os laboratórios afirmam repor constantemente os estoques.


REAÇÕES

Os efeitos mais comuns da vacina contra a gripe ocorrem no local da aplicação. Segundo especialistas, são relatados casos de dor local, endurecimento e vermelhidão, que podem durar até 48 horas. Mais raramente, a vacina pode ocasionar reações sistêmicas, como febre e dores musculares. Pessoas com histórico de alergia grave ao ovo de galinha, com sinais de anafilaxia, devem receber a vacina em ambiente com condições de atendimento de reações anafiláticas e permanecer em observação por pelo menos 30 minutos.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), medidas de higiene também podem ser tomadas pela população. Ao tossir e espirrar, deve ser usada a parte interna dos braços para tampar o rosto, as pessoas devem utilizar lenços descartáveis, evitar locais com aglomeração, deixar o ar circular principalmente no inverno e em dias frios, não se automedicar, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e pratos, e diante de qualquer sintoma devem procurar um posto de saúde.

 

Casos de H3N2

 

A influenza é uma doença respiratória que pode levar à morte. Os sintomas se confundem com outras infecções virais e bacterianas, já que o paciente pode apresentar febre, dor de cabeça e musculares, tosse, dor de garganta e fadiga. Balanço da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado na semana passada, mostra que oito dos 12 casos de síndrome respiratória grave em decorrência da gripe registrados no estado foram do tipo H3N2, que infectou mais de 47 mil pessoas e provocou mortes, principalmente de crianças e idosos, nos Estados Unidos, no último inverno. Destes, cinco pacientes foram infectados em Belo Horizonte. O mesmo vírus infectou um morador de Contagem, na Grande BH, outro em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e mais um em Varginha, no Sul de Minas, que tiveram Srag.

Entretanto, boatos sobre os tipos de vírus influenza que estão circulando no Brasil, principalmente nas redes sociais e WhatsApp, têm confundido a população. A mensagem alerta sobre o H2N3, supostamente um vírus mortal, que a Organização Mundial da Saúde não quer que seja divulgado para a população não se alarmar. Porém, não há informações sobre a circulação do vírus H2N3. Na verdade, há a circulação do vírus influenza A H3N2 no país. De acordo com o infectologista Adelino de Melo Júnior, os vírus influenza que estão circulando no país este ano são influenza A(H1N1), A(H3N2) e influenza B.

O médico explica que existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não tem impacto na saúde pública, não estando relacionado com epidemias. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. 

* Sob a supervisão da subeditora Rachel Botelho 


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