Jornal Estado de Minas

Polícia prende trio que furtava motos de universitários em BH

Quatro motocicletas furtadas foram apreendidas pela Polícia Civil durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)

Estudantes universitários que usam motocicletas como meio de transporte para a faculdade em Belo Horizonte podem ficar um pouco mais tranquilos. A Polícia Civil prendeu um trio altamente especializado no furto de motos nas regiões de faculdades da capital mineira que tinha no currículo uma média de cinco furtos por semana, conforme apontam as investigações do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil. Além da prisão dos três, os agentes também prenderam outros dois ladrões de carros mais antigos, pela facilidade de fazer a ligação usando chave mixa e também pela possibilidade de venda por preços muito baixos.



O trabalho da Polícia Civil aponta que os dois grupos eram conhecidos, mas até agora não há ligação entre os crimes praticados pelos cinco presos. Eles também não abordavam as vítimas e, portanto, não se enquadravam na prática de roubo, apenas furto. Enquanto três dos detidos preventivamente agiam na porta de faculdades como Facisa e Anhanguera, ambas na Avenida Antônio Carlos, e UNA, que fica na Avenida João Pinheiro, nas imediações da sede do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), angariando motocicletas de forma rápida e muito especializada, os outros dois procuravam carros com fabricação entre 1995 e 2000, pois eram veículos com mais facilidade para furtar.

No primeiro caso, o trio desmontava e revendia as peças das motos e também comercializava os veículos inteiros para receptadores. No segundo, os carros furtados eram repassados a baixos valores para pessoas que muitas vezes parcelavam as compras de uma maneira bem informal. 


No grupo que agia furtando motos a PC prendeu Paulo Henrique Leal Rocha, 34 anos, a mulher dele, Sidneia Cíntia da Costa, 28, e Cláudio Luciano Gomes Dias, de 36. Paulo Henrique e Cláudio, inclusive, revendiam as peças das motos furtadas nas próprias oficinas que cada um possui nos bairros Maria Helena, em Ribeirão das Neves, e Céu Azul, em Belo Horizonte.


Já os presos que focavam em carros mais velhos são Eliseu Laudelino Lopes, 47, e Rodrigo Luis dos Santos, de 42. Segundo a Polícia Civil, tudo começou a partir de Eliseu, que em setembro do ano passado foi apontando como autor de um caso de extorsão mediante sequestro. A vítima interessada em intermediar a compra de um caminhão foi atraída por um suposto veículo pesado a venda e foi mantida em cárcere, sendo exigida a quantia de R$ 95 mil para liberá-la.

O sequestro foi frustrado e a partir daí a polícia descobriu os dois esquemas de furto de carros e de motos, puxando toda a cadeia da história a partir de Eliseu Laudelino.