O jornalista Toninho Drummond faleceu na madrugada deste sábado, aos 82 anos, em Brasília, cidade onde vivia. Mineiro de Araxá, o jornalista iniciou sua carreira como repórter do jornal Estado de Minas na década de 1960.
Segundo o site Memorial Globo, ele havia sido internado devido a uma infecção renal e a uma pneumonia e sofreu falência múltipla dos órgãos. O velório será realizado neste domingo no Cemitério Campo da Boa Esperança, em Brasília. O corpo será cremado na segunda-feira em Valparaíso, em Goiás, segundo a TV Globo.
Nascido Antonio Carlos Drummond, em 31 de janeiro de 1936, o jornalista foi para Belo Horizonte estudar direito. Durante a faculdade, porém, começou a trabalhar no Estado de Minas e abraçou a nova carreira. Após mudar-se para Brasília, trabalhou por 25 anos na direção da sucursal da Rede Globo na cidade, onde chegou ao cargo de diretor. O jornalista foi um dos responsáveis pela implantação do Bom Dia Brasil.
Durante sua trajetória profissional, Toninho participou da cobertura de grandes momentos da história do Brasil e do mundo, como a primeira eleição para presidente após a ditadura militar, em 1989; o impeachment de Fernando Collor de Mello e a guerra entre o Irã e o Iraque, na qual conseguiu negociar uma entrevista com Saddam Hussein, realizada por Ricardo Pereira. Ele estava aposentado desde 2012.
Amigos lamentam a morte de Toninho
Michel Temer:
Meus pêsames pela morte do grande jornalista Toninho Drummond, expoente do jornalismo brasileiro que participou de coberturas importantes no País, sempre com profissionalismo e competência. Meus pensamentos estão com os amigos e os familiares.
Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal: "Toninho Drumond é uma daquelas pessoas que só nos deixa boas lembranças. Sua educação, sua gentileza no trato das pessoas e principalmente sua enorme experiência profissional foram exemplares para todos nós que convivemos com ele. É uma perda para o jornalismo brasileiro e para Brasília. Minha solidariedade à família e aos amigos dele."
Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, do Grupo Globo: "Toninho Drummond foi um dos expoentes da sua geração, honrando a tradição mineira que tão bons jornalistas deu ao país. Tenaz, mas sempre gentil; altamente competente, mas sem nenhuma dose de estrelismo; de uma seriedade ímpar no que fazia, mas sempre irradiando bom humor. Formou uma legião de jornalistas. O Grupo Globo deve muito ao talento dele, e expressa a sua imensa gratidão. Toninho foi um profissional exemplar e um amigo querido. Nossa solidariedade à família."
Kakay de Almeida Castro, advogado: "O PIANTAS está de luto. Nos últimos tempos tivemos o prazer de ter a companhia do nosso querido e dileto amigo TONINHO DRUMMOND, uma lenda no jornalismo brasileiro. Mas choramos muito mais o verdadeiro amigo que se foi. Um homem a quem o poder não corrompeu. Levava dentro dele o espírito livre das nossas Minas Gerais e a alegria de uma pessoa que acreditava que a vida vale a pena. Tive o prazer de dividir com ele as mesas, as roletas, os vinhos e as infindáveis histórias de uma vida rica em amizades e casos. Ele, seja lá o que existir depois desta vida, logo logo estará, com seu jeitinho único, a sentar em novas mesas e a encantar. Vai com Deus meu amigo. Um brinde!"