Jornal Estado de Minas

Suspeito de matar jovem em Santa Luzia confessa assassinato

- Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira o suspeito de matar a golpes de faca no pescoço, no fim de janeiro, a jovem Jéssica Araújo da Silva, de 26 anos, cujo corpo foi encontrado em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, três dias depois de seu desaparecimento. A motivação do crime, bem como a participação de terceiros, ainda é investigada. O acusado, um mototaxista conhecido da vítima e que prestava serviços para ela, confessou o assassinato.


Jéssica foi vista pela última vez no domingo dia 28 de janeiro, quando saiu, por volta das 22h, de uma casa noturna de Lagoa Santa, onde estava na companhia de duas amigas. Na ocasião, ela chamou o mototaxista Quene Pereira Pardim, de 33, para levá-la para casa. A corrida do retorno havia sido combinada mais cedo, pois foi ele mesmo quem a deixara no local. A família registrou o desaparecimento dois dias depois e, no terceiro, o corpo foi encontrado na cidade vizinha de Santa Luzia. A Polícia Civil chamou a atenção para a necessidade de procurar a corporação em casos de desaparecimento imediatamente depois do ocorrido.

Antes de encontrar Jéssica, a moto e o capacete do suspeito foram achados pela polícia, que logo fez a ligação com Quene.
Procurada, a namorada dele, que logo reconheceu o veículo e o acessório de proteção, informou aos investigadores que na segunda-feira pela manhã, o suspeito chegou à sua casa com roupa suja de lama e manchas parecidas com sangue. Ele alegou que teve a moto roubada, mas se negou a fazer boletim de ocorrência. Ele desapareceu, tendo sido encontrado pela polícia em Guarapari (ES).

“Ele dá uma versão fantasiosa para o caso. Diz que depois de cheirar cocaína surtou e ouviu uma voz que lhe pediu uma alma. Por isso, ele ceifou a vida da vítima”, conta a delegada titular do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Adriana Rosa. De acordo com ela, tentativa de estupro é uma das linhas de motivação investigada, mas não a única. “A execução direta está comprovada, mas a participação de terceiros ainda não”, diz.

O laudo da necrópsia de Jéssica ainda não foi concluído.
O acusado confirmou ontem, durante a coletiva de imprensa, que assassinou a jovem depois de usar droga. Quene se disse arrependido e pediu perdão à família. Ele negou que tenha abusado sexualmente da vítima.

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