Jornal Estado de Minas

Cinegrafista é preso por compartilhar pornografia infantil em rede social

Computadores foram apreendidos e 15 vídeos de pornografia infantil foram encontrados nos aparelhos - Foto: Polícia Civil/ Divulgação
A reprodução no whatsapp de vídeos de pornografia infantil e o armazenamento do conteúdo em computadores resultaram na prisão de um cinegrafista, de 45 anos, nessa segunda-feira em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. 

O repórter cinematográfico é suspeito também de estupro e de produzir conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes, segundo a Polícia Civil. 

“Essa investigação começou há oito meses com denúncias anônimas. Ouvimos algumas pessoas, instauramos inquérito e pedi que fosse expedido mandados de busca e apreensão na casa dele", explicou a delegada Ione Barbosa, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. "O juiz autorizou e conseguimos detectar 15 vídeos de sexo explícito envolvendo adultos e crianças em um computador e um vídeo que havia sido compartilhado no whatsapp” . 

Na casa do cinegrafista, além do notebook e do celular em que foram encontrados os vídeos, a Polícia Civil também apreendeu quatro câmeras, dois computadores, diversos CDs e prendeu o suspeito em flagrante pelos crimes de armazenamento e reprodução de conteúdo pornográfico infantil, previstos no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca).

“Ele negou todas as denúncias e disse que fez o download e armazenou os vídeos da internet para satisfazer expectativas sexuais”, contou a delegada sobre a versão do cinegrafista sobre os fatos. 

Todo o material apreendidos na casa do suspeito está sob cuidados da equipe de perícia da Polícia Civil, que investiga se, além de reproduzir e armazenar os conteúdos. o cinegrafista também produzia os vídeos. 
 

“Está na linha investigatória identificar crianças e adolescentes que possam ter sido vítimas de moléstia e abuso sexual e saber qual a localidade delas. Ele é bem cuidadoso e não sabemos se ele deixou algum tipo de pista nas câmeras, mas isso está com a perícia e estamos aguardando os laudos,” detalhou a delegada. 

O inquérito sobre o caso deverá ser finalizado em até dez dias. O cinegrafista foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá preso até o fim das investigações.

De acordo com Ione Barbosa, caso condenado apenas pelos crimes de reprodução e armazenamento de pornografia infantil - descartando as suspeitas estupro e produção dos vídeos -, a pena poderá ultrapassar os dez anos. 
 
*Sob supervisão do editor Benny Cohen

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