Jornal Estado de Minas

Servidores dos sistemas prisional e socioeducativo decidem permanecer em greve

Servidores administrativos estaduais vinculados a Secretaria de Estado de Administração Prisional e Secretaria de Estado de Segurança Pública, Socioeducativo e Prisional decidiram dar continuidade à paralisação deflagrada na última quarta-feira, em assembleia com os trabalhadores. Nesta segunda-feira, eles se reuniram com representantes do governo de Minas Gerais em uma tentativa de conciliação sobre pagamento de ajuda de custo para servidores técnicos e administrativos firmado em 2015 pela administração estadual.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG), no encontro, o assessor chefe de relações sindicais, Carlos Calazans, disse que a Lei de Responsabilidade Fiscal seria o grande entrave para a concessão da ajuda de custo para qualquer categoria e que, por isso, o acordo, firmado em 2015, não poderia ser cumprido.

Já o diretor do sindicato Geraldo Henrique pontuou que os demais agentes e servidores da Segurança Pública receberam aumento de até 101% na última gestão. "O sindicalista ressaltou ainda que algumas carreiras já foram atendidas nesse governo, algumas recebendo reajuste até duas vezes. Ele ressaltou que esse tratamento é desigual, e mais uma vez os servidores sofrem a defasagem salarial e abandono", divulgou, por meio de nota à imprensa, o Sindpúblicos-MG.

Ainda de acordo com o sindicato, cerca de 90% das unidades prisionais e socioeducativas de Minas Gerais aderiram ao movimento, definido pela organização como "o maior e mais organizado da história da categoria". O quantitativo de 30% dos servidores de cada unidade tem sido mantido, de acordo com o sindicato, para que o serviço continue em funcionamento.

*Sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.