Jornal Estado de Minas

PM promove troca no comando do policiamento de BH



O coronel Anderson de Oliveira assume, a partir desta sexta-feira, o Comando de Policiamento da Capital (CPC). Ele substitui o coronel Winston Coelho Costa, que estava no comando desde janeiro de 2016, e vai para a reforma após 30 anos na corporação. A cerimônia foi realizada no Sesc Palladium, no Centro da capital. O CPC é responsável pelos 10 unidades da PM da capital. Ao todo, são 4,9 mil policiais.

Em seu discurso, coronel Winston fez um balanço dos dois anos no cargo, destacando a transferência de militares das funções administrativas para o patrulhamento, a criação das 86 bases comunitárias móveis nas regionais de Belo Horizonte e redução da criminalidade. 

O coronel Anderson tem 43 anos e ingressou na PM de Minas Gerais em 1993. Como oficial superior da PMMG foi Superintendente Técnico e Operacional do Gabinete Militar do Governador, subcomandante do 61º Batalhão de Polícia Militar, comandante do Batalhão de Polícia de Guardas e, antes de assumir o CPC, comandante da Escola de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar. 

Em sua primeira entrevista no cargo, o militar assumiu o compromisso de dar continuidade aos projetos da gestão anterior, inclusive a redução do efetivo administrativo. “Nós faremos um reforço dos trabalhos que já estão sendo realizados, mas atuando com primariedade pela prevenção criminal, reforçando a prevenção, aumento da sensação de segurança, trabalhar na diminuição do efetivo administrativo para que tenha mais policiais na rua. Nós vamos criar o Centro de Apoio Administrativo que vai fazer a redução do efetivo empregado na administração de pessoal e logística em um único local, sendo retirado das 10 unidades dessa forma levando mais policiais para a ponta da linha”, informou o coronel Anderson. 

Entre os números citados pelo coronel Winston em seu discurso, está o de criminosos reincidentes.
Das 81.938 pessoas presas nos últimos dois anos em Belo Horizonte, 10.411 haviam sido detidas mais de uma vez. Para o novo comandante do CPC, o combate a este tipo de infrator é uma das prioridades. “Também pensamos em trabalhar com a identificação dos suspeitos reincidentes e repetentes, que são aqueles infratores contumazes que têm incomodado a sociedade, trabalhando em gestão integrada com os demais órgãos, o Ministério Público, Polícia Civil, os órgãos de apoio à nossa instituição.”, disse. 

No ano passado, a Polícia Militar realizava estudos para desativar algumas companhias instaladas em bairros da cidade para otimizar recursos. Questionado sobre a iniciativa, o coronel Anderson não confirmou o fechamento de unidades, e disse que a demanda depende de uma série de fatores. “Tecnicamente falando, sabemos que os policiais que estão nas companhias estão atendendo a própria instituição através da proteção da estrutura física, a proteção da intendência, dos próprios policiais”, detalhou o militar. “A ideia de redução que foi pensada no ano passado era de botar essas pessoas que atenderiam à polícia para atender a comunidade. A cada companhia nós teríamos 20 policiais, 10 viaturas atendendo a população.
Mas, a escolha de cada companhia, se vai fechar ou se não vai, requer todo um procedimento de estudo, de conversa com a sociedade, ver os impactos, saber o número de ocorrências registradas, qual a sensação de segurança que vai ter se tiver essa redução. Não há nenhuma ligação específica entre essa redução das companhias com a implementação das bases. São coisas distintas. Tem à ver com redução administrativa. Essa que é a ideia”, finalizou.  

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