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Estado de Minas

Santa Casa de Montes Claros limita atendimento em seu pronto-socorro

Decisão de hospital agrava quadro do atendimento médico de urgência e emergência na rede do SUS na cidade e municípios vizinhos na Região Norte de Minas


postado em 12/01/2018 21:16 / atualizado em 13/01/2018 12:04

(foto: Foto/Eventos Moc)
(foto: Foto/Eventos Moc)
A situação do atendimento médico de urgência e emergência nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em Montes Claros (Norte de Minas),que já era caótica,  se agravou mais ainda.  A Santa Casa de Montes Claros, maior hospital do Norte de Minas, a anunciou na tarde desta sexta-feira, “provisoriamente”, vai atender em seu pronto socorro somente os casos graves de emergência, “com iminente risco de morte”, deixando de atender aos demais casos. A justifica do hospital para a medida é a superlotação.

O hospital alega que, diante da superlotação, iniciou um “plano de continência” e que, provisoriamente, passou atender somente os casos agudos (de classificação vermelha”,  seguindo “orientação da Superintendência Regional de Saúde”.
Por meio de nota, a Santa Casa argumenta que a instituição conta com 20 leitos em seu pronto socorro, que tem uma média de 50 pacientes, numero que subiu para 58 pacientes nos últimos dias. “Informamos que as autoridades responsáveis foram comunicadas sobre a situação. Entre elas, Ministério Público Estadual, Secretaria Municipal de Saúde, Superintendência Regional de Saúde. Em casos de necessidade, a população deve procurar outros hospitais e a rede básica de saúde”, diz a  nota.

Também na tarde, a Secretaria Municipal de Saude de Montes Claros divulgou notam na qual,  relata a “superlotação” nos prontos socorros dos hospitais da cidade e anuncia “plantões diurnos” de médicos em quatros postos de saúde de bairros populosos  neste fim de semana,para amenizar a situação. Conforme a Secretaria, os plantões vão funcionar nos centros de saúde dos bairros Maracanã, Major Prates, Santos Reis e Esplanada, neste sábado e domingo, das 7 às 19 horas.
Informa ainda que o pronto atendimento do Hospital Municipal Alpheu de Quadros, que atende 24 horas, terá a equipe de atendimento reforçada para garantir assistência à população.

As dificuldades para o atendimento de urgência e emergência nos hospitais conveniados pelo SUS em Montes Claros se arrastam há vários anos. Na gestão anterior da prefeitura, houve uma queda de braço entre as instituições e o então prefeito Ruy Muniz (PSB). Na ocasião, Muniz acusou os hospitais de não realizarem os números de procedimentos previstos nos contratos e, assim, prejudicarem a população. Por outro lado, os hospitais acusaram o então prefeito de não repassar recursos para as instituições e de dificultar a manutenção dos seus serviços.  Muniz acabou preso e afastado do cargo oito meses antes do fim do seu mandato, acusado pelos dirigentes hospitalares em ação movida pelo Ministério Publico Federal, de reter verbas destinadas aos hospitais do SUS para prejudicar as unidades e favorecer o hospital de uma instituição de ensino privada, de sua famíli. A defesa dele nega a acusação. 

Ainda na administração anterior, a gestão dos recursos destinados aos hospitais do Sistema Único de Saude em Montes Claros – que era do município (gestão plena) foi transferida para o estado, com objetivo de resolver o impasse e melhorar o atendimento à populaçao. Mas, as dificuldades na assistência continuaram e a prefeitura alega que os repasses do dinheiro do estado para a saúde estão em atraso. 


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