Contagem é mais uma cidade da Grande BH a não aumentar o preço das passagens de ônibus no início de 2018. Por meio de nota, divulgada nesta sexta-feira, a prefeitura informou que recebeu a solicitação do aumento das tarifas por parte das concessionárias, mas não autorizou o reajuste. Nesta semana, a prefeitura de Betim também informou que não haverá reajuste no transporte público.
De acordo com a prefeitura de Contagem, as concessionárias pediram cerca de 11% de reajuste, pedindo que a tarifa subisse de R$ 4,05 para R$ 4,50. “A Prefeitura de Contagem entende que o reajuste da tarifa só é possível com uma planilha detalhada que comprovem os investimentos feitos no transporte público. Como não há justificativa consistente, o aumento não foi autorizado”, diz a nota publicada no site do Executivo municipal.
A prefeitura também informou que ainda está na Justiça contra o aumento praticado pelas empresas no início de 2016. O prefeito Alex de Freitas (PSDB) revogou o aumento anterior, reduzindo o valor de R$ 4,05 para R$ 3,70. Assim, o último reajuste ainda pode ser revertido.
No último dia 3, foi a vez da prefeitura de Betim, por meio da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito de Betim (Ecos), comunicar que não haverá aumento nas linhas municipais. O motivo não foi informado. Na cidade, esses ônibus são operados pela Viação Santa Edwiges Ltda e por 170 permissionários do Sistema de Transporte Público de Baixa Capacidade (vans). Já as linhas que saem de Betim ou passam pelo município em direção a outras cidades são operadas pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG) tiveram reajuste nas tarifas.
No fim do ano passado, a Justiça negou duas vezes o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. Após um pedido de liminar reivindicando o reajuste de passagem ter sido negado pelo juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues em 22 de dezembro, no dia 26 foi a vez de o desembargador Wander Marotta, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) rejeitar um agravo de instrumento sobre o mesmo tema impetrado por consórcios que atuam no transporte coletivo em BH. O caso foi levado à Justiça pelas concessionárias do serviço após o pedido de reajuste 10,5% nas tarifas de Belo Horizonte ter sido negado pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS). Ele justificou que não haveria aumento enquanto uma auditoria nos custos não fosse feita.