Jornal Estado de Minas

Moradores de Mariana e Barra Longa participam de simulaçao de desastre

Equipe técnica recebeu orientações antes de toque simultâneo de sirenes - Foto: Arquivo Samarco/Divulgação
Moradores de 10 comunidades de Mariana e Barra Longa, na Região Central de Minas, participaram ontem de um simulado de situação de emergência. A ação foi a terceira realizada na região pelas coordenadorias de defesa civil das cidades e estadual (Cedec). O objetivo é treinar a população e os agentes municipais sobre como reagir em caso de desastres, sejam naturais ou provocados por ações dos homens.

O exercício contou com a participação de cerca de 350 pessoas das comunidades de Camargos, Ponte do Gama, Paracatu de Cima, Paracatu de Baixo, Borba, Pedras, Campinas, Barreto, Gesteira e Barra Longa (sede). Às 14h, de forma simultânea, 24 sirenes foram acionadas avisando sobre o início do simulado.

A mineradora Samarco apoiou o evento, oferecendo toda a infraestrutura, que inclui a disponibilização de veículos, e participação de empregados como facilitadores. A empresa é a proprietária da barragem de rejeito de minério do Fundão, que em 5 novembro de 2015 rompeu, matou 19 pessoas, deixou dezenas de feridos, devastou o subdistrito de Bento Rodrigues e atingiu parcialmente o de Paracatu de Baixo, em Mariana, e ainda a cidade de Barra Longa, além de contaminar a Bacia do Rio Doce.

Representantes da Samarco e das defesas civis de Mariana e Barra Longa realizaram diversas reuniões prévias com os moradores das comunidades para explicar como seria o simulado. O treinamento faz parte de um sistema de emergência orientado pelas normas e procedimentos que compõem o Plano de Ações Emergenciais de Barragens de Mineração (PAEBM) da mineradora. Acompanharam o simulado representantes de 12 empresas de mineração e uma do setor aeroviário, além de integrantes de defesas civis de oito municípios mineiros que possuem barragens.

Com relação as condições atuais de suas barragens, a Samarco afirmou que todas estão estáveis e monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana.
Cerca de 400 equipamentos, dentre eles radares, acelerômetros, estações robóticas, inclinômetros e drones integram o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI) da empresa. O local foi aperfeiçoado com base nos aprendizados obtidos após o rompimento da barragem do Fundão.
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