Atividades culturais, envolvendo as crianças de Bento Rodrigues que hoje vivem e estudam em Mariana, marcaram os dois anos do rompimento da Barragem do Fundão. No Centro de Convenções, no Centro da cidade distante 115 quilômetros de Belo Horizonte, os 97 meninos e meninas lançaram um livro, apresentaram números de dança, viram documentários com seus depoimentos e curtiram o dia. “Quero o novo Bento Rodrigues do jeito que era, com meus vizinhos e amigos. Tomara que seja assim”, disse a adolescente Maíra Rafaela da Silva, de 16 anos, aluna da Escola Municipal Bento Rodrigues.

Também à tarde foi lançado o conjunto de cinco livros Bento – Passado, presente e futuro, com desenhos e textos dos alunos do 4º ano da unidade escolar. “Temos ainda exposições, maquetes e outros trabalhos de como as crianças imaginam o futuro Bento Rodrigues”, disse a secretária municipal de Educação, Juliana Alves Ferreira. Presente, o prefeito Duarte Júnior disse que a previsão é que as obras de construção comecem em março do ano que vem, mas não acredita que tudo estará pronto um ano depois, conforme compromisso da Fundação Renova, entidade criada depois da tragédia a partir de entendimento entre a Samarco, acionistas e governos federal, de Minas e do Espírito Santo.

Se ficaram marcas profundas em Mariana, moradores buscam formas de valorizar cada vez mais o potencial da cidade, a primeira de Minas e que nasceu também como primeira vila, diocese e capital, numa história superior a 300 anos. Certo da riqueza do patrimônio arquitetônico e belezas naturais, o casal Arlindo José da Silva e Eliane Aparecida da Silva, ambos fotógrafos, criou a campanha #MarianaContinuaLinda, de forma a divulgar a cidade, fomentar o turismo e elevar a autoestima da população.

 

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