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Sufocadas pela dor e pobreza, famílias das vítimas do massacre em Janaúba tentam reconstruir a vidaParentes de crianças mortas em creche de Janaúba vivem na extrema pobrezaVeja como será nova creche que vai substituir a incendiada em JanaúbaCriança de 6 anos vítima da tragédia em Janaúba recebe alta em Montes ClarosMães de crianças mortas em creche de Janaúba pretendem pedir indenizaçãoPara agravar a situação, o companheiro dela, Erivelton Assunção Santos, de 28, entregador, quebrou a perna há cinco meses e, desde então, não teve mais como trabalhar. Casal e filhos agora dependem dos R$ 219 do cartão do Bolsa Família, com os quais precisa tocar a vida num barracão de dois cômodos, em um lote onde há mais duas moradias, no Bairro Rio Novo.
'Meu filho chora querendo leite'
A menina Maísa Barbosa dos Santos, de 6 anos, foi a primeira das vítimas encaminhadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, a se recuperar e voltar para casa, em Janaúba.
Para sustentar sozinha Samile Vitória, de 9, Maísa e o pequeno Caio, de 3, ela conta com renda de R$ 70 e “com a ajuda dos outros”. “Tem dia que meu mais novo, o Caio, chora pedindo leite e eu não tenho como dar, por falta de dinheiro”, conta.
A família mora no Bairro dos Barbosa, onde seis pessoas se apertam em um barraco de três cômodos, coberto de telha amianto, material que aumenta ainda mais o desconforto com o calor. “Quando chove, molha tudo aqui dentro. O que a gente mais precisa é de casa”, afirma Domingos Assunção Santos, de 52 anos, pai de Joana Darc, um dos moradores do barracão apertado.
Domingos disse que faz “bicos” e tenta ajudar a filha e os netos. Porém, está difícil encontrar serviço e a carência é uma realidade que ele não tenta esconder. “Vou falar claramente: aqui, a gente compra mantimentos de quilo em quilo, pois não temos dinheiro. Carne é coisa rara.
Interessados em ajudar Joana e sua família devem entrar em contato pelo telefone (31) 3263-5123.