Jornal Estado de Minas

Centro de saúde é arrombado em BH e criminosos levam até fogão

Mais um centro de saúde de Belo Horizonte foi alvo de criminosos. Nesta segunda-feira, funcionários que chegaram para trabalhar no Centro de Saúde São Marcos, no Bairro Fernão Dias, Região Nordeste da capital, encontraram o local arrombado.

A Polícia Militar (PM) foi chamada por volta das 17h. A perícia constatou que duas janelas, dois cadeados e duas portas foram danificadas.

De acordo com Israel Arimar, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), entre os produtos  levados estão sete computadores, quatro impressoras, um micro-ondas, uma cafeteira, o fogão e dois botijões de gás.

Ele diz que a orientação do sindicato nesses casos é não suspender o atendimento, para não prejudicar ainda mais a população. Assim, receitas e documentos seriam feitos manualmente. No entanto, até mesmo o momento da refeição dos funcionários foi afetado, já que eles não têm onde esquentar as marmitas e não há restaurantes próximos da unidade.
O sindicato informou que vai acionar a Secretaria Municipal de Saúde.

Israel Arimar explica que os postos não contam com segurança física, mas com alarmes. “O contrato de vigilância não está resolvendo porque é um arrombamento atrás do outro neste ano”, afirma. De acordo com o sindicalista, um levantamento do Sindibel mostra que de dezembro de 2016 até hoje, foram notificadas 46 ocorrências em centros de saúde da capital, sendo 42 em 2017, entre furtos, roubos e arrombamentos. Somente uma unidade, o Centro de Saúde Santa Maria, foi invadida cinco vezes, segundo ele.

A Polícia Civil informou que o registro da ocorrência foi finalizado no início desta tarde e ainda não havia sido entregue em uma delegacia. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) afirmou que foram levados computadores, impressoras, fogão, botijão de gás e micro-ondas.
Informou, ainda, que um boletim de ocorrência foi feito e a Polícia Civil fez uma vistoria no local. “Devido ao trabalho de vistoria, o atendimento na unidade foi temporariamente suspenso”, disse. A pasta comunicou que “monitora de forma frequente a situação nas unidades de saúde em que há relatos de violência e trabalha para atender as demandas da população e trabalhadores”. .