Jornal Estado de Minas

Polícia nega uso de drogas por fisiculturista morto em boate de BH

A Polícia Civil reafirmou, por meio de nota, que os exames toxicológicos e de alcoolemia realizados no fisiculturista Alan Guimarães Pontello, de 25 anos não apontaram uso de drogas e nem consumo de bebida alcoólica em 2 de setembro, quando foi morto durante uma confusão com seguranças do Hangar 677, boate da Região Oeste de BH.

A corporação se pronunciou após a defesa dos seguranças da casa noturna apontarem a presença de uma substância nos laudos médicos do fisiculturista que, segundo o advogado Ércio Quaresma, pode ser considerada como uma droga.

Segundo a Polícia Civil, a substância ketamine, citada pela defesa dos seguranças da boate, é um anestésico utilizado para procedimentos cirúrgicos. Ainda conforme a corporação, as investigações vão continuar e ainda são aguardados resultados de exames para a finalização do inquérito.

"A PCMG reafirma que o laudo toxicológico da vítima deu negativo para o uso de substâncias ilícitas. O exame de constatação de álcool também deu negativo. A substância detectada no laudo, a cetamina, é usada como anestésico para procedimentos cirúrgicos, sedação e analgesia, sendo de uso estritamente médico. As investigações estão em andamento, com o delegado Magno Machado."

Defesa alega uso de drogas


Nessa segunda-feira, por meio de nota divulgada em página de uma rede social, o advogado Ércio Quaresma, que representa a Cy Security e Vigilância, empresa que estava responsável pela segurança da casa de shows Hangar 677, no dia da morte do fisiculturista questionou as informações de que o jovem não tinha feito uso de drogas. 

Exibindo cópia do laudo que apontou que Alan não usou cocaína, maconha e ecstasy, o advogado destaca em sua página que o documento técnico apresenta a presença de ketamine (cetamina) no sangue e víscera do rapaz.

“Alguém pode até não gostar, mas cetamina é droga”, disse Quaresma, na noite desta segunda-feira, que acrescentou que no carro do fisiculturista foi encontrada uma ampola vazia do produto. “O que me deixa perplexo, é que o Instituto Médico-Legal não consegue dizer a quantidade da droga injetada”, completou.

O advogado informou que teve acesso ao laudo junto ao delegado responsável pela investigação, ao qual passou algumas informações sobre a vida pregressa de Alan Pontello, para corroborar as alegações dos seguranças. Como representante da Cy Security, ele vai acompanhar o caso para eventual defesa dos funcionários da empresa.
 

 
.