Jornal Estado de Minas

Incêndio volta a destruir vegetação do Pico do Itacolomi


Poucas horas depois de terminar o combate ao incêndio no Pico do Itacolomi, entre Ouro Preto e Mariana, na Região Central de Minas Gerais, equipes de brigadistas e bombeiros tiveram que retornar ao trabalho cansativo e que exige força. Novas chamas foram detectadas na área verde na tarde desta quarta-feira e assumiram grandes proporções. A suspeita é de que tenham sido causadas por criminosos que assaltaram um caminhão nas proximidades do parque.

De acordo com o major Anderson Passos, do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad), o incêndio permanece descontrolado. “Infelizmente, houve um retorno do incêndio no Parque do Itacolomi, agora de grandes proporções. A informação que recebemos aqui é que pessoas que tinham praticado um roubo a um caminhão naquelas imediações podem ter provocado as chamas para despistar o assalto e confundir a polícia”, afirmou.

O combate ao incêndio já dura três dias. As chamas foram detectadas no parque por volta das 7h de segunda-feira. De acordo com o funcionário Felipe Marcos, o incêndio se espalhou por uma área de acesso difícil, o que complicou a ação dos brigadistas.
O fogo se concentrou em uma área chamada de Serrinha, que fica próximo ao distrito de Passagem, pertencente a Mariana. Nesta quarta-feira, um grupo de militares de Belo Horizonte reforçou o combate.
Chamas são combatidas desde segunda-feira na área verde - Foto: Leo Homssi

Por volta das 9h, as ações dos 40 militares e 20 brigadistas que lutaram na contenção do fogo, com ajuda de dois helicópteros e duas aeronaves, surtiram efeito. As chamas foram controladas. Porém, horas mais tarde houve a reignição. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a alta temperatura dificulta as ações. O aparato que estava sendo desmobilizado foi direcionado para os trabalhos.


Outros incêndios

Além do Parque Estadual do Itacolomi, outras três queimadas atingem áreas de conservação, segundo o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as chamas consomem a Reserva de Vida Silvestre Serra das Aroeiras desde a manhã de segunda-feira. Ao todo, 13 pessoas trabalham no combate às chamas na área verde e contam com a ajuda de um helicóptero.

Na Região Central de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Doce também sofre com os incêndios. Nessa terça-feira, duas linhas de fogo foram detectadas no local. Na porção do parque próxima à cidade de Dionísio, 40 brigadistas atual no combate. O outro foco está em Bom Jesus do Galho e é combatido por 20 homens.

Também há combate em andamento a um incêndio que se iniciou nessa terça-feira no Parque Estadual Serra do Cabral, em Joaquim Felício, também na Região Central. As chamas estão sendo extintas por cinco brigadistas.
Em ambas ocorrências, as causas estão sendo investigadas.

RB

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