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Estado de Minas

Floração dos ipês-amarelos marca a troca de tons na árvore que virou símbolo de BH

Ao lado do branco, a cor vibrante toma o lugar do rosa nos ipês que florescem na temporada seca, atraindo os olhares de quem passa por Belo Horizonte


postado em 22/08/2017 06:00 / atualizado em 22/08/2017 18:21

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Moradores de Belo Horizonte que já andavam encantados com os ipês-rosas, agora podem apreciar a beleza dos ipês-amarelos e brancos. Em todos os cantos de BH, a temporada anual das flores dá o ar da sua graça. Nos bairros Lourdes e Funcionários (Centro-Sul) e na Região da Pampulha há exemplares que reluzem sob o sol e enchem os olhos dos moradores e visitantes que passam pelo local. O ipê é uma árvore típica das estações secas e, nesta época, perde folhas e floresce.


E foi justamente o encantamento que fez com que a estudante e fotógrafa Carolina Borges, de 24 anos, parasse na orla da Lagoa da Pampulha para admirar os ipês, ao lado da namorada. “Aproveitamos a segunda-feira para andar de bicicleta por aqui, já que é um dia mais tranquilo. Quando estávamos próximas ao museu, parei para contemplar os ipês-amarelos. Está lindo! Não resisti, tive que fazer uma foto”, contou a estudante, que se mudou para a capital mineira há sete meses. Nascida em Uberaba, no Triângulo Mineiro, Carolina passa a primeira temporada de ipês em BH. “Lá também temos parques com ipês, mas nada como a Lagoa da Pampulha para compor a fotografia”, comentou. Sobre as cores, ela admite: “As amarelas são minhas favoritas.”

Segundo um levantamento feito pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no total das espécies de árvores cadastradas na capital por meio de inventário, os ipês são as que predominam. Das 300 mil árvores da capital, 27.100 são ipês, o que corresponde a 9% das árvores de BH, fazendo com que a espécie seja a mais encontrada pelas ruas. As nove espécies de ipês estão distribuídas nas regionais Leste, Oeste, Noroeste, Centro-Sul e Pampulha. O ipê-rosa é o mais comum, com 9.665 árvores e com floração sempre nos meses de julho e agosto. Já a espécie mais rara é o ipê-verde, que tem apenas 20 unidades na capital.

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Este ano, segundo o professor João Renato Stehmann, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a floração está um pouco atrasada devido às chuvas ocasionais de junho, mas segue até setembro. “A chuva se estendeu um pouquinho e atrasou a floração. Agora, com a chegada da seca, a cidade ganha este colorido, que deve ir até setembro. O interessante é que os ipês dão vida para cidade. Eles antecipam a primavera, isso os diferencia das outras espécies”, comentou o especialista.

ESPÉCIES De acordo com o professor, há cinco espécies predominantes na capital: duas da cor amarela, roxo, rosa e branco. Entre as amarelas, há três variedade – o de porte menor, plantado geralmente nos passeios, sob a rede elétrica; o ipê-do-cerrado, presente nas matas no entorno, de galhos mais retorcidos; e o de flores mais claras, típico das matas de transição. O botânico acrescenta que as árvores foram plantadas na área urbana da capital, não havendo casos de espécies nativas. As nativas podem ser encontradas na Serra do Curral e em outros pontos do entorno da cidade.

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Segundo o especialista, a floração dos ipês dura cerca de uma semana, exceto o branco, que tem uma rápida explosão e queda das flores no curto período de três dias. Logo, ele atenta: “Quando vir um branco, aproveite e aprecie. Tire aquela foto! Pode ser que o veja novamente só no próximo ano”, disse.
A fotógrafa Carolina Borges aproveita sua primeira temporada de ipês, a árvore que floresce no inverno por toda a cidade, onde há 27.100 espécimes (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A fotógrafa Carolina Borges aproveita sua primeira temporada de ipês, a árvore que floresce no inverno por toda a cidade, onde há 27.100 espécimes (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


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