Manifestação de camelôs tem 14 pessoas detidas em BH

Três foram levadas por dano ao patrimônio, uma por quebrar uma viatura da Polícia Militar (PM), e outras 11 por incitar a violência e ordenar o fechamento de lojas

João Henrique do Vale

O protesto dos camelôs contra as medidas de fiscalização adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) terminou com 14 pessoas detidas nesta segunda-feira.

Elas foram encaminhadas para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan). Durante as manifestações, uma pela manhã e outra no fim da tarde desta segunda-feira, houve confronto entre policiais militares e comerciantes, com uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

De acordo com a PM, uma das três pessoas encaminhadas para a delegacia por cometer dano ao patrimônio, foi detida depois que danificou uma viatura policial. As outras 11 vão responder por incitação a violência, pois, de acordo com a corporação, ameaçou comerciantes e determinou o fechamento de lojas da região Central. Eles foram flagrados por meio das câmeras do Olho Vivo. Pedras foram apreendidas, que segundo a corporação, foram usadas pelos manifestantes.

O protesto dos camelôs começou na manhã desta segunda-feira depois que a PBH começou a fiscalização no Centro. No início do movimento, os manifestantes atearam fogo em madeiras e em um amontoado de lixo em uma das pistas da Avenida Afonso Pena. A PM fez a negociação, e as vias foram liberadas.

Houve confusão no quarteirão fechado da Rua dos Carijós.
Um vidro de uma viatura do Batalhão de Choque da Polícia Militar foi quebrado e uma vendedora ambulante ficou ferida. Ela alega que levou um tiro de bala de borracha disparado pela PM. A corporação ainda usou bombas de gás lacrimogênio para dispersar o grupo. Um camelô foi detido com uma chave de fenda na Rua dos Carijós.

Por causa do fechamento da Praça Sete, o trânsito ficou caótico em várias vias do Centro da cidade. Somente por volta das 14h, as vias foram liberadas. No fim da tarde, os manifestantes retornaram ao hipercentro de BH para continuar o protesto contra às medidas do Kalil.


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