Quadrilha é presa suspeita de tráfico de drogas em três cidades da Grande BH

O grupo agia dentro de um presídio, contava com a ajuda de agentes penitenciários e chegou a ameaçar uma juíza, segundo as investigações

João Henrique do Vale

Na ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 12 pessoas foram presas - Foto: Polícia Civil / Divulgação


Uma grande operação da Polícia Civil desmantelou uma quadrilha responsável pelo tráfico de drogas em cidades da Grande BH. O grupo agia dentro de um presídio e contava com a ajuda de agentes penitenciários e chegou a ameaçar uma juíza, segundo as investigações. Na ação realizada na manhã desta quinta-feira, 12 pessoas foram presas, entre elas um ex-vereador de Brumadinho, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As investigações sobre a quadrilha começaram depois que uma juíza da cidade foi ameaçada por membros da facção. Os integrantes do grupo, segundo as apurações, eram comandados por Breno Maciel Merquinho, de 28 anos, e Thiago Dumbá, de 32, que estavam em um presídio. Eles contavam com a ajuda de agentes penitenciários, que liberavam a entrada de aparelhos celulares, drogas, entre outras regalias, em troca de pagamentos. “Familiares dos presos levavam as drogas, durante as visitas, e eles as distribuíam no presídio”, afirmou o delegado Luiz Otavio Fonseca Matosinhos, um dos responsáveis pelo caso.

Diante das informações, a polícia solicitou a Justiça mandados de prisão contra a quadrilha. Foram presos Bruno Antunes Maciel, de 29, Luciana Chaves Moreira, de 26, Danilo Geraldo Medeiros, de 30, José Maria Campanha, de 37, Bruno da Silva Alvernaz, conhecido como “Patrão”, de 27, e o ex-vereador de Brumadinho, Daniel dos Reis, o “Crentinho”, de 36.
Além deles, quatro agentes penitenciários e um ex-agente foram detidos. A polícia ainda procura outros quatro integrantes da organização criminosa.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha atuava em diferentes cidades. “A associação criminosa agia também fora do presídio, distribuindo drogas em Brumadinho, Ibirité e Mario Campos”, disse o delegado Marcus Vinicius Lobo Leite Vieira. “A quadrilha era dividida em três núcleos: dos agentes, os ligados aos presos e os fornecedores”, completou.

RB

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