Mineiro morre afogado ao tentar entrar ilegalmente nos EUA pelo México

Fabrício Santos da Silva, natural de Guanhães, tentava fazer a travessia pela terceira vez. Objetivo era encontrar com a mulher e o filho que já estavam nos Estados Unidos

Luiz Ribeiro
- Foto: Álbum de família/Facebook
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil busca informações oficiais junto ao governo mexicano sobre a morte de um mineiro de Guanhães, cidade de 33,3 mil habitantes, a 248 quilômetros de Belo Horizonte, no Leste só estado, cujo corpo foi encontrado por autoridades locais na sexta-feira, no povoado de Valência, município de Dias Ordaz, estado de Taumalipas.
Fabrício Santos da Silva, de 31 anos, aparentemente se afogou na travessia do Rio Bravo, na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

O Itamaraty informou ter acionado o Consulado do Brasil no México para o levantamento de dados oficiais sobre as circunstâncias da morte do mineiro, a fim de fazer comunicação com a família. O órgão adiantou que vai tratar dos procedimentos burocráticos para a liberação do corpo. No entanto, os gastos com o traslado para o Brasil ficarão por conta dos parentes.

É o primeiro caso de morte de brasileiro em tentativa de entrar ilegalmente nos EUA divulgado desde a posse de Donald Trump. O presidente norte-americano prometeu desde a campanha eleitoral endurecer as regras para impedir a entrada e a permanência de imigrantes latinos em situação irregular no país.

De acordo com o jornal Reporte Tamaulipas, o mineiro estava com passaporte, o que possibilitou sua identificação. Fabrício vestia jeans, camisa verde e branca e tênis marrom, “além de ter uma tatuagem de um tigre no braço direito”. O Estado de Minas apurou em Guanhães que o rapaz, que trabalhava em uma empresa de logística na cidade, já havia sido deportado dos Estados Unidos. Ele fazia a terceira tentativa de entrar no país.
Antes, teria tentado a viagem por meios legais, mas não conseguiu visto.

Segundo o jornal local El Manãna, passaporte foi encontrado ao lado do corpo em estado de decomposição - Foto: Reprodução/El Mañana O objetivo do mineiro era se encontrar com a mulher e o filho recém-nascido, que já estavam nos Estados Unidos, onde entraram legalmente. A mulher de Fabrício trabalhava em uma agência bancária de Gunhães, mas ainda durante a licença-maternidade pediu demissão do emprego para providenciar a viagem para a América do Norte, o que fez assim que o bebê nasceu..