De acordo com a PF, os traficantes se valiam equipamentos pesados, entre eles brocas usadas na mineração e extensores para profundar buracos feitos nas pedras, para recheá-las de cocaína. O material seguia por via marítima a países da Europa. ““Eles constituíam empresas lícitas de exportação de pedras brutas, adquiriam blocos de granito ou outros tipos de pedras, faziam perfuração nesse bloco, ocultavam a cocaína em seu interior e depois tampavam com a parte inicial que foi perfurada e resinava. Pelo tamanho da pedra, cerca de 20 a 22 toneladas, é até difícil identificar”, afirma o delegado Elster Moraes.
Embora a maior parte dos integrantes da quadrilha não tivesse ficha criminal, a maioria era conhecida das autoridades internacionais por atuação no tráfico. “O líder da organização criminosa já era conhecido da Polícia Nacional da Colômbia, porque após a extinção do Cartel de Cáli e do Cartel de Medellín foi criado o denominado Cartel do Vale do Norte, que hoje não mais existe e ele é um remanescente desse cartel”, informou Elster Moraes.
Quatro colombianos estão presos, sendo três no país de origem. O pedido de extradição deles para o Brasil já foi feito. Um suspeito foi detido em São Paulo. Na casa dele, foram apreendidos documentos, joias, relógio de luxo, smartphones e mídias eletrônicas, um veículo automotor, além de US$ 60 mil e R$ 34 mil em espécie. Ele foi conduzido para BH, onde está preso. Outros cinco foram identificados, mas estão foragidos. Eles foram incluídos na lista vermelha de procurados internacionais. (Com informações de Ethel Corrêa/TV Alterosa).