Metrô e ônibus não devem circular em BH na sexta-feira

Assim como os rodoviários, os metroviários decidiram, em assembleia realizada no início da noite desta terça-feira, que vão paralisar as atividades na capital mineira

João Henrique do Vale
Os serviços devem ser paralisados a partir de 0h - Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Os serviços de ônibus e metrô não vão funcionar na sexta-feira em Belo Horizonte. Assim como os rodoviários, os metroviários decidiram, em assembleia realizada no início da noite desta terça-feira, que vão aderir à paralisação nacional. O ato é realizado em protesto contra as reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização, propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo Alda Lúcia, presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a categoria resolveu paralisar as atividades a partir da 0h de sexta-feira. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que ainda não foi notificada sobre a paralisação.

Os coletivos também não devem circular. De acordo com Denilson Dorneles, diretor do STTR, a medida já estava acertada desde o início deste mês. “Os rodoviários vão aderir.
Nossa expectativa é que atinja todas as garagens de Belo Horizonte. Vamos protestar sobre a questão das reformas”, afirmou. A paralisação também deve afetar os serviços da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Saúde

No setor da saúde há uma exigência legal que impede que os serviços sejam totalmente paralisados, mesmo em caso de greve. Dessa forma, algumas unidades saúde deverão funcionar com escala mínima. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de BH (Sindibel), uma reunião definiria quais unidades vão aderir à greve, mas o Sindibel já prevê que alguns postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) tenham escala mínima.

Na rede estadual o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde) informou que todas as unidades da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) estarão somente com a escala mínima na sexta-feira. Entre as principais unidades de saúde que serão afetadas estão: Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, o Hospital Júlia Kubistchek e o Hospital Odete Valadares. De acordo com o Sind-Saúde, a Fhemig já foi notificada quanto à decisão do sindicato.

Educação

As escolas estaduais de Minas Gerais não devem ter aula na próxima sexta-feira. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) a expectativa é que 100% das instituições aderem a greve. Já as escolas municipais de Belo Horizonte iniciam a greve no dia anterior. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH) informou que todas as escolas e Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) estarão paralisadas nos dias 27 e 28. Na quinta-feira, o objetivo é distribuir material educativo sobre as reformas e, na sexta-feira, aderir à greve geral.

O Sindicato dos Professores Estado de Minas Gerais (Sinpro) orientou que os professores das escolas particulares também parem.
Segundo a entidade, em 20 das escolas particulares da capital os serviços serão paralisados. Uma das instituições é a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG) onde aproximadamente 3 mil professores vão aderir ao movimento.

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG) orientou as escolas a não fazer paralisação na próxima sexta-feira. O órgão encaminhou o ofício para as instituições de ensino propondo o 'diálogo' e não a greve. “Por essa razão não devemos suspender aulas ou dispensar professores e funcionários”, diz no documento. .