Minas já registra média 21,4 casos prováveis de dengue por dia em 2017

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou balanço nos primeiros nove dias deste ano. No período, foram notificados 193 casos suspeitos de dengue

João Henrique do Vale
Secretaria de Saúde convocou a população para eliminar focos do mosquito nas casas - Foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press -

Com o período quente e com chuva, Minas Gerais volta a se preocupar com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Em apenas nove dias, o estado já notificou 193 casos suspeitos de dengue, média de 21,4 a cada 24 horas. Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira. No ano passado, foi registrado o maior número de notificações da doença dos últimos 10 anos. No total foram 528.244, com 254 mortes.

A incidência do mosquito Aedes aegypti deve preocupar ainda mais nos próximos meses. Segundo a SES, o período de maior concentração das doenças transmitidas por ele são em março e abril, o que vai demandar uma atenção dos moradores. A aposta do estado é exatamente essa.
Em dezembro, convocou a população para o combate.

Foram repassados R$ 66 milhões aos municípios para ações de combate à dengue e às outras duas doenças associadas ao Aedes, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com o novo montante, de R$ 37 milhões, as cidades poderão investir nas ações dos agentes de combate a endemias, como compra de bombas para dispersão de inseticida, compra de carros e de combustível, capacitação e deslocamento das equipes, entre outros. Segundo o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said, 90% dos criadouros estão dentro das casas.

Zika e chikungunya

A SES ainda não notificou casos de chikungunya em 2017. No ano passado, segundo dados divulgados pela pasta, o Estado teve 497 pessoas infectadas pela doença. Vale ressaltar o a grande concentração em março e abril, quando foram registradas 91 e 92 notificações, respectivamente.

Seguindo orientações do Ministério da Saúde, a classificação dos casos de microcefalia vão mudar. Agora, será levado o protocolo de infecções congênitas chamadas de Storch %2b Zika. A sigla é formada por um grupo de doenças infecciosas que acometem o recém-nascido, como sífilis congênita, toxoplasmose congênita, rubéola congênita, citomegalovirose congênita e herpes simples congênito. Em 2016, foram notificados 14.464 casos prováveis de zika em Minas Gerais. .