Polícia afirma que estuprador agia com crueldade

L.F.S, de 46 anos, foi preso na quarta-feira depois que a polícia rastreou o celular de uma das vítimas. Ele foi apresentado na tarde desta sexta-feira pela Polícia Civil

João Henrique do Vale
As investigações da Polícia Civil mostram que o homem preso em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, suspeito de estupro pode ter atacado mais de 10 mulheres.
A informação foi repassada pela delegada Alessandra Alvares Bueno da Rosa, da 2ª Delegacia da cidade, durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Segundo ela, L.F.S, de 46 anos, não sabe dizer o número total de vítimas, porém, confessou aproximadamente 10 casos. Em alguns deles, fez uso de violência e chegou cortar ao menos uma das garotas com uma faca.

O homem foi preso na quarta-feira depois que a polícia rastreou o aparelho celular de uma das vítimas. De acordo com Alessandra Rosa, ele deu de presente o aparelho para o filho ainda com o chip da mulher atacada. O garoto começou a trocar mensagens em uma rede social e acabou rastreado. Na delegacia, confessou alguns crimes e contou detalhes como cometia os abusos.


As investigações apontaram que o perfil dos alvos do homem eram mulheres morenas acima de 30 anos. “Primeiro ele esbarrava nas mulheres, que se assustavam. Depois, colocava a mão na boca delas para evitar os gritos. Em seguida, colocava a faca no pescoço”, contou a delegada. As garotas eram levadas para um local ermo em um bairro da cidade. Ele as levava para um barranco onde tem um vale embaixo. Lá, cometia os estupros. Em alguns casos, o homem agia com crueldade. "O requinte de crueldade dele é tão grande que ele fica por volta de 3 horas com as vítimas. Ele é muito cruel, psicótico", contou a delegada.

O primeiro estupro cometido por L. foi em 2012, segundo contou para a polícia. De lá, para cá, foram ao menos outros 12 ataques.
As características do homem ajudou as vítimas a reconhecerem. “Sempre usava um boné e uma mesma mochila. Todas as vítimas o reconheceram pelo boné”, comentou Alessandra Rosa. Para ela, novas mulheres devem procurar a delegacia depois da divulgação da imagem do homem.

A delegada já começou a fazer a oitiva das mulheres atacadas. "Ontem nós ouvimos 5 vítimas e todas fizeram o reconhecimento. O trabalho da imprensa é muito interessante nesse sentido porque se foram 13, nós conseguimos 5 porque elas fizeram o boletim de ocorrência. Entre 9 ou 8 vítimas não estão sendo investigadas porque não fizeram o BO”, disse. .