Jornal Estado de Minas

Ministério das Relações Exteriores tenta agilizar liberação de corpo de mineira na Argentina


O Ministério das Relações Exteriores vai ajudar a agilizar o traslado do corpo da estudante mineira Laís Moreira Martins, de 25 anos, que morreu no domingo em Buenos Aires, na Argentina. Por meio de nota, o órgão informou que o Consulado-Geral já está auxiliando a família da jovem junto às autoridades locais para expedir documentos, como a certidão do óbito. A preocupação dos parentes da vítima era com o prazo de 70 dias dado por autoridades argentinas para liberar o corpo. O prazo não foi estipulado pelo Ministério.

A estudante, que cursava medicina havia dois anos no país vizinho, morreu depois de passar mal no apartamento onde morava. Ela chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu.

“Na noite de sábado, ela começou a ter febre de 40 graus e dores no corpo. A febre continuou alta até a manhã seguinte.
Laís acordou com muita sudorese, apresentou vômitos e falta de ar”, explicou a fisioterapeuta Camila Campanha Moreira, de 36, tia da garota.

Por causa do estado de saúde, uma amiga que mora no mesmo apartamento a levou para o hospital. “Elas chegaram por volta das 13h. Os médicos fizeram de tudo para não entubá-la. Porém, ela acabou tendo duas paradas cardíacas. Por isso, tiveram que entubar. A morte foi constatada por volta das 16h30.
Então, foi tudo muito rápido”, disse Camila Moreira.

De acordo com a tia de Laís, a jovem não apresentava nenhum problema de saúde anterior. As causas da morte ainda estão sendo investigadas. “O corpo está em um local como um IML (Instituto Médico Legal) para fazer a investigação, pois saiu do hospital como causa da morte indefinida. Hoje (terça-feira), disseram que ela teve um edema cerebral e que a causa da morte seria infecção generalizada. Mas não sabem onde começou”, comenta Camila.

A mãe da jovem foi para a Argentina ainda no domingo, mas teve dificuldades. Segundo Camila, as autoridades do país vizinho pediram 70 dias para a liberação.
“Para se ter ideia, minha irmã, que é a mãe dela, ainda não conseguiu ver o corpo. É um absurdo o prazo que estão pedindo”, disse. Os familiares também tentam mobilizar, por meio das redes sociais, o maior número de pessoas para ajudar a cobrir os custos do traslado do corpo. O valor estimado para o processo é de aproximadamente R$ 30 mil, segundo a família. Quem quiser fazer doações pode enviar recursos para o Banco do Brasil, agência 5818-1, conta corrente 26263-3, da mãe de Laís, Andreia Campanha Moreira.

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que já está dando apoio aos familiares de Laís, “inclusive no que se refere à expedição de documentos (como certidão de óbito) junto às autoridades locais, levantamento de orçamentos junto a funerárias e outras providências relacionadas à agilização do translado do corpo”. “Esclarecemos, ainda, não existir previsão orçamentária ou legal para o custeio do translado de corpos de nacionais brasileiros falecidos no exterior”, afirmou.

 

(RB)

.