Jornal Estado de Minas

Criminosos explodem caixa eletrônico e amedrontam moradores em Jordânia

Moradores de Jordânia, na Região no Vale do Jequitinhonha, viveram momentos de terror e medo na madrugada desta sexta-feira. Criminosos fortemente armados explodiram um caixa eletrônico do Banco Bradesco localizado em frente à sede da Prefeitura e à Praça Otelino Sol, a principal da cidade, no Centro. Na fuga, integrantes da quadrilha, atiraram contra uma outra agência bancária e a delegacia. A polícia procura os suspeitos.

A ação dos criminosos começou por volta da 0h30. De acordo com a Polícia Militar (PM), a quadrilha estava divida em dois carros. “Eles estavam com armas longas. Chegaram à agência e explodiram o único caixa eletrônico”, explica o tenente Marco Antônio, comandante da companhia responsável pela segurança da cidade.

Testemunhas contaram que na fuga, os criminosos passaram em frente de uma agência do Sicoob e atiraram.

Não há informações sobre feridos. Também disseram que outra rajada foi disparada contra a delegacia, mas a PM não confirma. “Ainda estamos verificando a situação. Foram localizadas cápsulas no entorno da agência bancária”, afirmou o tenente.

A suspeita é que os badidos sejam de outros estados. “Ficamos na divisa entre Minas Gerais e a Bahia. Eles fugiram para o estado vizinho, a princípio.
Já estendemos as informações para outros locais para ver se conseguimos prendê-los”, comenta o comandante.

Moradores da cidade reclamam da ação dos criminosos. O banco é o único do município. Enquanto o caixa não for consertado, as famílias terão que deslocar até Almenara, aproximadamente 77 quilômetros de distância, para fazer as transações e pagamentos.

Onda de ataques
Os ataques aos caixas eletrônicos voltaram a assombrar as cidades mineiras. Somente de janeiro a agosto deste ano foram 153 ocorrências, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O número é 34% maior do que os 114 do mesmo período do ano passado. O número já se aproxima do total registrado em 2014, quando houve 173 registros em 12 meses.


E os criminosos estão mudando de tática: de acordo com a Polícia Civil, devido à intensa fiscalização sobre a venda e uso de explosivos industrializados, que é atribuição do Exército, os assaltantes passaram a usar também artefatos artesanais, feitos com tubos de metal e pólvora. Dependendo da composição da bomba, o efeito pode ser semelhante ao da dinamite.

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