A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fez um alerta para a população evitar contato com a vegetação no Parque Ecológico da Pampulha. A recomendação foi feita ontem pelo prefeito Marcio Lacerda durante a apresentação de resultados do trabalho de despoluição da Lagoa da Pampulha. A preocupação é com o contato com o carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, que pode ter causado a morte de um menino de 10 anos, morador de Venda Nova, em agosto. Segundo a administração municipal, dois exames feitos sobre o caso já deram negativo para a doença, mas falta uma terceira análise, tida como decisiva. Os resultados podem ser divulgados hoje.
Leia Mais
Marcio Lacerda pede que população evite contato com vegetação de parque na Pampulha Público no Parque Ecológico da Pampulha não reduz com risco de febre maculosaSuspeita de morte por febre maculosa não afasta escoteiros de parques de BHMorte de menino de 10 anos por suspeita de febre maculosa volta a assustar BH 'Fatalidade', diz representante de escoteiros sobre morte por suspeita de febre maculosa Funed investiga suspeita de morte por febre maculosa em BHDespoluição da Lagoa da Pampulha dá resultados, mas ainda há pontos de mau cheiroApós morte de menino, prefeitura de BH reforça protocolo de diagnóstico de febre maculosaExames confirmam febre maculosa em menino de 10 anos que morreu em Belo HorizonteResultado de morte por suspeita de febre maculosa em BH vai sair na próxima semanaPerseguição tem troca de tiros e termina com dois homens presos em BHO menino T., de 10 anos, morreu no domingo, seis dias depois de apresentar sintomas que coincidem com os da febre maculosa. Ele havia participado de uma atividade recreativa no Parque Ecológico da Pampulha no dia 20 de agosto.
Segundo a prefeitura, dois exames realizados pelo garoto foram analisados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e já deram negativo para a febre maculosa. Mesmo assim, a administração municipal ainda aguarda o resultado de uma terceira análise para descartar que a morte tenha sido causada pela doença.
A preocupação com a febre maculosa veio à tona por causa das capivaras que vivem na Lagoa da Pampulha. Em 2014, exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) apontaram que 28 capivaras estavam com a bactéria Rickettsia rickettsii. Na época, cerca de 90 animais viviam na orla, sendo que 46 foram capturados para exames. Apesar de a sorologia positiva não significar que os bichos estavam doentes, eles eram hospedeiros da bactéria, que é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela. Em setembro do mesmo ano, dentro do plano de manejo autorizado pelo Ibama, foram capturadas 52 capivaras.
DESPOLUIÇÃO Ao apresentar os resultados obtidos desde março com o trabalho de despoluição da Pampulha, a prefeitura informou que, no primeiro trimestre de trabalho, todos os cinco parâmetros que vêm sendo analisados alcançaram as metas estabelecidas para o período, como adiantou o Estado de Minas em 15 de agosto. Os resultados apresentados são da terceira campanha de amostragem realizada na lagoa em junho deste ano.
A prefeitura afirma ter conseguido redução de 67,6% do índice de fósforo total e de 41,4% de cianobactérias, resultado superior, em ambos os casos, aos 30% previstos para esta etapa dos trabalhos. “A recuperação da lagoa favorece o turismo de Belo Horizonte e melhora a economia local, o lazer e a autoestima da nossa população”, disse o prefeito Marcio Lacerda..