A Polícia Federal (PF) do Brasil está contribuindo com a Judiciária de Portugal para agilizar a identificação dos corpos das três mineiras mortas naquele país. Para isso, apurou o Estado de Minas, a PF solicitou informações e materiais às famílias das vítimas que possam ajudar na identificação oficial dos corpos das irmãs Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16, naturais de Campanário (Vale do Rio Doce); e de Thayane Milla Mendes Dias, que nasceu em Ataléia (na mesma região) e morava com a mãe em Nova Venézia (ES). Os corpos foram encontrados na sexta-feira, dentro de uma fossa, nos fundos de um hotel para cães e gatos, na vila Cascais, distrito de Lisboa. O principal suspeito do triplo homicídio é o auxiliar de serviços gerais Dinai Alves Gomes, ex-companheiro de Michele e também mineiro – de Novo Cruzeiro (Vale do Jequitinhonha). Ele está sendo procurado pela PF.
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PF procura suspeito de matar mineiras em Portugal; família se mobiliza para trazer os corposPF fecha cerco a acusado de matar três brasileiras em PortugalFamília faz campanha para traslado de brasileiras assassinadas em Portugal Homofobia pode ter motivado assassinato de brasileiras em Portugal Namorado ameaçou jovem mineira morta em Portugal, diz mãe de vítimaTrês brasileiras desaparecidas em Portugal são encontradas mortas dentro de barrilSuspeito da morte de mineiras em Portugal trabalhava em obra em BH Preso suspeito de matar jovens mineiras em PortugalPais de mineiras mortas em Portugal vivem drama aguardando prisão de suspeitoPai de mineira assassinada em Portugal faz apelo por rapidez e justiçaA Superintendência da Polícia Federal em Minas, também em nota, informou que, em maio, instaurou inquérito para apurar o desaparecimento das jovens Michele, Lidiana e Thayane. A corporação informa que na última sexta-feira recebeu comunicado oficial da Polícia Portuguesa de que os corpos das brasileiras “foram encontrados em Portugal”. Destaca que, “consequentemente, a PF está adotando diligências e mantendo constante troca de informações de inteligência com os órgãos de segurança daquele país, visando à célere elucidação do caso”.
Foi designado para chefiar o inquérito o delegado da PF Roberto Câmara.
O carreteiro informou que ainda nesta segunda-feira viajaria para Belo Horizonte, onde pretende procurar o delegado Roberto Câmara, amanhã, para levantar mais informações sobre a morte da filha. Ele também quer contribuir com as investigações.
Galvane disse que recebeu informações de que, em fevereiro, logo depois do desaparecimento das três jovens, Dinai Alves Gomes retornou para o Brasil e, na mesma ocasião, prestou depoimento à Polícia Federal, em Belo Horizonte, alegando desconhecer o paradeiro de Michele, Daiana e Thayane. Ainda na mesma oportunidade, Dinai forneceu como seu endereço uma casa no Bairro Ouro Preto, na capital, onde mora uma irmã de outra companheira dele em Novo Cruzeiro, da qual ele escondia o relacionamento com Michele em Portugal.
Conforme apurou o EM, o suspeito do triplo homicídio é natural do distrito de Capão, município de Novo Cruzeiro, distante cerca de 35 quilômetros da sede. De acordo com moradores, há algum tempo que ele não é visto na região.
O pai de Thayane disse que não tinha conhecimento do relacionamento da filha com Daiana. Afirmou que também não acredita que Dinai tenha cometido o crime motivado por homofobia. Segundo ele, uma amiga da família que mora em Portugal teria contado que o auxiliar o auxiliar de serviços gerais tinha ameaçado matar Michele caso ela engravidasse – quando desapareceu, ela estava grávida de três meses.
RB.