PF conclui inquérito e indicia oito por crimes ambientais na tragédia de Mariana

Depois de suspensão das investigações por mais de dois meses, Polícia Federal encaminhou trabalho à Justiça responsabilizando oito pessoas e três empresas pelas consequências ao meio ambiente

Guilherme Paranaiba

Lama da barragem da Samarco devastou as matas ciliares do Rio Gualaxo do Norte - Foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS

Depois de mais de dois meses de interrupção dos trabalhos de apuração das responsabilidades pelo rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, na Região Central do estado, matando 19 pessoas e arrasando os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, a Polícia Federal concluiu o inquérito que apurou os crimes ambientais do caso.

Segundo a corporação, o trabalho foi relatado à Justiça, com o indiciamento de oito pessoas e três empresas por crimes ambientais e danos contra o patrimônio histórico e cultural. As investigações foram concluídas após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir pela competência federal para o julgamento do maior desastre ambiental da história do Brasil.

Dezenove pessoas morreram em consequência da lama que varreu o caminho até o Rio Doce. Até hoje, 18 foram encontradas e uma continua desaparecida. A Polícia Federal dará detalhes das investigações a partir das 14h30 desta quinta-feira, na sede da PF, que fica no Bairro Gutierrez, Oeste de Belo Horizonte.

Em fevereiro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal (MPF) entenderam que o caso tinha que ser julgado pela esfera federal e então começou uma série de tramitações de pedidos, que terminaram com decisão do STJ em 25 de maio. O órgão entendeu que os inquéritos e processos devem tramitar sob o comando da Justiça Federal de Ponte Nova, na Zona da Mata.

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