Justiça do Trabalho suspende demissão de vigias das escolas municipais de BH, diz sindicato

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pretende substituir os empregados por um sistema de vigilância eletrônica. Administração municipal diz que ainda não foi notificada da decisão

João Henrique do Vale

Anúncio do desligamento dos funcionários motivou protestos em BH - Foto: Guilherme Paranaíba/EM/D.A.Press


O Sindicato dos Servidores da Rede Municipal de Ensino (Sindirede) conseguiu, nesta segunda-feira, uma liminar na Justiça do Trabalho que suspende a demissão de 500 vigias das escolas de Belo Horizonte. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pretende substituir os vigias por um sistema de vigilância eletrônica. O anúncio do desligamento dos trabalhadores causou revolta e manifestações nas ruas da capital mineira.

De acordo com o Sindirede, uma audiência entre as partes foi marcada pelo juiz para 8 de julho. A suspensão das demissões vale até que seja finalizada a negociação coletiva. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que ainda não foi notificada da decisão. Por causa disso, não vai comentar o caso.

A decisão da PBH de substituir os vigias foi anunciada em maio. Ao todo, serão desligados 191 trabalhadores de escolas municipais e 127 unidades municipais de Educação Infantil (Umeis).
A Secretaria Municipal de Educação informou que eles serão substituídos pelo sistema eletrônico de vigilância no período das 23h às 6h. A secretaria informou que a medida faz parte do contingenciamento de despesas em torno de 20% e que optou por impactar o mínimo possível nas ações pedagógicas e programas desenvolvidos com os alunos.

O vigia noturno, de acordo com a pasta, é o profissional mais caro contratado pela escola, em função dos custos com adicional noturno e hora extra. O gasto mensal com os profissionais chega a R$ 1,8 milhão. Ainda segundo a secretaria, estudos mostraram que o serviço de vigilância eletrônica custará R$ 500 mil por mês.

(RB)

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