MG já tem 14 mortos pelo vírus H1N1

Número supera óbitos do ano passado, que fechou com duas mortes. Quantidade de pacientes também é maior que o registrado em 2014

Mateus Parreiras
- Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Minas Gerais já registra 54 casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1 da gripe A, com 14 mortes, registro muito superior ao ano passado, quando houve apenas seis doentes confirmados e dois óbitos, sendo superior também ao computado em 2014, ano que fechou com 33 pacientes e 17 mortos. O resultado foi divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde. Em 2016, até o momento, foram notificados 154 óbitos por síndrome respiratória Aguda Grave (SRAG), o que corresponde a 9,7% dos 1.593 casos registrados.

Dos 154 óbitos notificados de todos os tipos da síndrome, 24 (15,6%) foram confirmados para o vírus Influenza, sendo 21 decorrentes da influenza A (87,5%) e dois (8,3%) por Influenza B. Houve também um óbito fora do estado, mas trata-se de um paciente que tinha residência em município de São Paulo e foi atendido em Paracatu e que teve óbito atribuído ao vírus Influenza B. Dos 21 óbitos relacionados a Influenza A, 66,7% (14) foram associados ao subtipo A/(H1N1) e 33,3% (7 ) a influenza A não subtipada.

As cidades com mais óbitos pelos vírus H1N1 foram Campo Belo (3) e Frutal (2). Uma pessoa também morreu em Betim, Contagem, Lavras, Extrema, Pouso Alegre, Andradas, Funilândia, Juiz de Fora e Monte Santo de Minas.
Dos casos com amostras processadas, 10,3% (90) foram classificados como SRAG por influenza e 2,3% (20) como outros vírus respiratórios. Dos casos associados a influenza, 93,3% (84) eram influenza A e 6,7% (6) influenza B. Naqueles em que foi identificado o vírus A, o subtipo A(H1N1) é o de maior proporção com 64,3% (54) e outros 34,5% (29) eram influenza A não subtipado.

A gripe pode ser causada pelos vírus Influenza A, B e C. Os vírus A e B apresentam maior importância clínica. Os tipos A e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais, também por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia. Já o tipo C causa problemas respiratórios leves..