Tragédia de Mariana causou graves problemas emocionais às vítimas, diz especialista

Paulo Henrique Lobato - Enviado especial
Mariana - Marta Freitas, diretora de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado de Saúde (SES), disse nesta quinta-feira, em Mariana, que a tragédia de rompimento da Barragem do Fundão, em 5 de novembro, afetou de maneira grave as condições emocionais da população dos distritos atingidos pela lma e também funcionários da mineradora Samarco.
Segundo a técnica, o aumento do consumo de remédios contra problemas psicológicos está sendo investigado, bem como suicídios e tentativas de suicídios.

De acordo com Martas Freitas, chegaram às autoridades informações de que três pessoas teriam se matado e oito atentado contra a própria vida. As afirmações foram feitas durante seminário em que represeantes da ONU, da Fundação Oswaldo Cruz e de outros órgãos de pesquisa farão um balanço da situação da região destruída pela tragédia de novembro do ano passado. O rompimento da represa da Samarco, que hoje completa seis meses, é o maior desastre socioambiental do Brasil.

SAMARCO Em nota, a Samarco informou que "não teve acesso ao levantamento da Secretaria de Estado de Saúde nem ao histórico de casos registrados na região antes do rompimento da barragem." A empresa disse ainda que "contratou 27 profissionais de saúde, entre eles psicólogos e assistentes sociais, para atendimento às pessoas afetadas em Mariana e Barra Longa. Não há nenhum registro de mortes nos quadros da Samarco nos últimos seis meses em Minas Gerais.".