Uma equipe de quatro militares procurou por vítimas, mas ninguém foi encontrado, de acordo com o sargento Giovanni César, do 1º Batalhão. Entre os principais materiais queimados estão papéis de arquivo e equipamentos diversos. O fogo também danificou paredes, que ficaram trincadas, e colunas. Na avaliação do sargento, a questão é irrecuperável e cabe uma demolição, mas não é um laudo final, tudo vai depender da perícia.
Dos três pavimentos, o mais atingido foi o segundo, mas algumas partes do terceiro pavimento também foram danificadas. Já o subsolo não teve danos registrados pelos bombeiros.
Doze trabalhadores da Santa Casa aguardam nesta manhã na porta da unidade de saúde a chegada da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) para uma avaliação estrutural. Eles estão com sacolas cheias de documentos recuperados em uma sala que não foi atingida pelas chamas. O trabalho que começou ontem e terminou hoje contou com a participação de 46 militares, 15 viaturas e 60 mil litros de água.
Segundo a Comdec, o órgão municipal foi acionado pelos bombeiros hoje de manhã para fazer uma avaliação da estrutura do prédio. Essa vistoria será feita ainda hoje, mas ainda não é possível precisar o horário, pois antes é necessário que o local ofereça segurança aos vistoriadores e engenheiros, como a temperatura adequada. A perícia da Polícia Civil também é aguardada antes desse trabalho.
Funcionários contaram que duas mulheres estavam no local na hora do incêndio. Uma delas estava no prédio atingido e outra estava em outro prédio dentro da unidade. A mulher identificada pelos colegas como Beth ficou presa dentro do edifício em chamas e pediu por socorro. Ela é cardíaca, teve dois infartos recentes e teria cerca de 55 anos. "Não sei como ela não morreu. Ela não deve vir trabalhar hoje", contou uma colega que não quis se identificar. A outra mulher foi identificada apenas como Ester e trabalha na área administrativa do hospital.
Um trabalhador da Santa Casa ajudou Beth a sair do prédio. Já Ester foi avisada sobre o incêndio por um médico que estava em outro local.
De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, vários aparelhos que estavam na manutenção foram destruídos pelo fogo. O hospital não descarta a necessidade de ter que demolir o prédio. O prejuízo será avaliado posteriormente. Pesquisas podem ter sido prejudicadas, mas o hospital não informa quais, devido a acordos de confidencialidade. A causa do incêndio será apurada.
MEMÓRIA Na tarde de 5 de dezembro de 2012, funcionários e pacientes também ficaram assustados com um princípio de incêndio no fosso do elevador de roupa suja do prédio principal, mobilizando funcionários e provocando temor em quem passava pela Avenida Francisco Sales.
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